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O que dizem as empresas de tabaco sobre a proibição aos cigarros eletrônicos

Em uma derrota para o setor de tabaco, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nessa quarta-feira, 6, manter a proibição da comercialização e importação de Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) no Brasil. A conclusão foi de que não há evidências científicas de que esses produtos, já regulamentados em mais de 70 países, são menos nocivos à saúde do que os cigarros tradicionais.

Os produtos, que incluem cigarros eletrônicos e tabaco aquecido, são defendidos pelas empresas como alternativas menos danosas à saúde do que os cigarros convencionais, já que dispensam a combustão no uso. Em Santa Cruz do Sul, a decisão repercutiu entre as fumageiras.

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A Japan Tobacco International (JTI) disse lamentar a decisão da Anvisa e afirmou que o uso desses produtos no Brasil “é corrente e abastecido exclusivamente pelo comércio ilícito”. “Vale lembrar que em países como Canadá, Japão, Inglaterra e outros da Europa, o comércio de cigarros eletrônicos foi legalizado após amplos estudos e aprovação de regulamentações específicas para proteger a população de produtos sem qualquer controle sanitário sobre sua origem e qualidade”, diz a nota. A Philip Morris Brasil (PMB) afirmou que “seguirá mantendo o diálogo sobre a regulamentação do tabaco aquecido, produto este diferente dos chamados cigarros eletrônicos”.

Já a BAT Brasil (antiga Souza Cruz) alegou que o processo regulatório ainda não foi concluído e espera diálogo com a sociedade “para que a decisão final da Anvisa se paute pelas evidências científicas mais atuais sobre vaporizadores e produtos de tabaco aquecido”. Afirmou ainda que dezenas de países já avançaram na regulamentação desses produtos e que continuará contribuindo com o debate, “em busca de uma regulamentação equilibrada que atenda aos milhões de adultos consumidores desses produtos no Brasil, hoje 100% lançados no mercado ilegal e não regulamentado pela Anvisa”.

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Drauzio e ex-ministro participaram do debate sobre cigarros eletrônicos

A reunião da diretoria colegiada começou com a exibição de manifestações orais enviadas ao órgão por entidades e especialistas. Ao todo, foram mais de 25 vídeos exibidos, a maioria favoráveis à manutenção da proibição dos eletrônicos, assinados por organismos de saúde nacionais e internacionais. Entre as pessoas que se manifestaram estão o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha e o médico Drauzio Varella.

A única manifestação no sentido contrário foi do advogado Fernando Neustein, ligado à Philip Morris. Ele alegou uma série de vícios no relatório parcial da área técnica da Anvisa, apresentado em abril. Neustein apontou que a existência de diferentes tipos de produtos eletrônicos impede regulamentações genéricas e que não foram considerados os impactos de todos os entes envolvidos, incluindo os produtores de tabaco.

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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