A Polícia Civil segue investigando o trágico acidente que deixou seis mortos na noite da última quinta-feira, 18, no quilômetro 186 da BR-471, em Rio Pardo. Apontado como o causador do fato, o ex-vice-prefeito de Pantano Grande, Ivan Rafael Trevisan, de 62 anos, prestou depoimento na tarde desta segunda-feira, 22.
Conforme levantamentos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no ponto do acidente, a RAV4 de Trevisan colidiu com a traseira de um Fiat Palio cinza, que foi empurrado para a contramão direto contra um caminhão Mercedes-Benz LS 1935 branco, que seguia na outra pista, no sentido contrário. Com isso, o Palio foi praticamente prensado entre o caminhão e a caminhonete. As seis pessoas que estavam no carro foram arremessadas para fora e morreram na hora.
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Acompanhado do advogado Jônatas Michels Ilha, em depoimento, Ivan Trevisan disse que não consumiu bebida alcoólica no evento político que participou em Rio Pardo. Também relatou que estava trafegando na rodovia em velocidade normal, havia cerração e muita escuridão no trecho. Ainda, afirmou que o Palio em que estavam as seis vítimas estava com a luzes traseiras (sinaleiras) do veículo desligadas, o que o impossibilitou de enxergar quando acertou o carro.
Com o impacto, quatro dos mortos foram encontrados ainda sobre a BR e dois foram parar em uma área de mata à margem da rodovia. As vítimas foram identificadas como Juarez Nunes de Oliveira, 66 anos, e sua filha Ana Carolina Flores Oliveira, 23; Fabiano Pires Silveira, 42, e sua companheira Marilize Duarte Camboim, 47; Daniel Figueiró da Silveira, 40, e Luiz Antônio Souza da Silva, 52.
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Ferido, o motorista do Mercedes-Benz, Luis Cláudio Mendes, de 63 anos, de São Lourenço do Sul, foi levado para o Hospital Regional do Vale do Rio Pardo. Ele foi submetido ao teste do bafômetro, que não apontou ingestão de bebida alcoólica. Já Trevisan, que estava sozinho no RAV4, foi levado por uma pessoa para receber atendimento em um posto de saúde de Pantano Grande. Este homem prestou depoimento na manhã desta terça-feira, 23, e o conteúdo foi mantido em sigilo pela Polícia Civil.
Trevisan teria ficado com ferimentos em uma das mãos. Depois de permanecer cerca de uma hora e meia em atendimento, teria ido para casa, onde recebeu um medicamento para dor e dormiu. Agentes da PRF chegaram a ir até sua residência, no Centro de Pantano, e conversaram com a esposa dele, que disse que o homem de 62 anos estava dormindo. Com isso, não foi possível realizar o teste do bafômetro no condutor da RAV4.
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