A Polícia Civil de Santa Cruz do Sul avançou na investigação que busca esclarecer por completo o assassinato de Thiago Luís da Silva, de 21 anos. O crime, que ocorreu em 8 de novembro, chamou a atenção principalmente por um fato. O jovem, que era morador no Bairro Santuário e tinha antecedentes em sua ficha, foi largado por volta das 23h45 já morto na porta do Hospitalzinho, no Bairro Santa Vitória, por um motorista de aplicativo que dirigia um veículo preto.
De acordo com o delegado Alessander Zucuni Garcia, alguns detalhes já foram esclarecidos. O veículo utilizado para levar o rapaz até o Hospitalzinho foi apreendido e passou por perícia. O motorista, que fugiu rapidamente após deixar o cadáver no local, também foi identificado e intimado a prestar depoimento. Ele tem 24 anos e antecedentes por desacato, desobediência e lesão corporal.
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Conforme o titular da 2ª Delegacia de Polícia, a participação do proprietário do veículo está sendo apurada e não há, até o momento, nenhum elemento que comprove que ele tenha colaborado na prática do homicídio. “Ele foi interrogado e negou envolvimento. Alega que apenas estava fazendo uma corrida e, ao chegar no local de destino, antes do passageiro desembarcar, foi alvejado por um atirador. Então ele fugiu e levou a vítima para o Hospitalzinho”, disse o delegado.
A linha investigativa apurada até o momento indica que o caso tem como pano de fundo o tráfico de drogas. No entanto, o delegado Alessander preferiu manter outros detalhes em sigilo, para não prejudicar o andamento das investigações. Na época do crime, já havia informações apuradas pelas forças de segurança indicando que a vítima estava fazendo telentrega de drogas para um traficante conhecido pela alcunha de Toquinho.
No dia 10 de outubro, Thiago Luís da Silva chegou a ser detido no Bairro Santuário pela Força Tática da Brigada Militar, durante a Operação Cerco Fechado. Ele estava em uma motocicleta identificada pela polícia como usada para fazer telentrega de drogas. Na oportunidade, ele foi flagrado levando consigo seis porções de cocaína. Após a captura, Thiago foi conduzido à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) e acabou liberado depois de prestar depoimento. Terminou por ser assassinado menos de um mês depois.
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