O que aconteceu conosco?

Pensei e até já escrevi sobre este tema. Mas veio a pandemia, outras prioridades se impuseram – afinal, vidas humanas são mais importantes, obviamente – e o debate se derreteu.

Mas quero retomar uma discussão que considero pertinente. A semana que começa, para os cristãos a Semana Santa,
é inspiradora por essência.

Na infância e na adolescência, sofria, me penitenciava e me comovia ao percorrer, diante das imagens na igreja, as estações da Via Sacra. Os jovens de hoje talvez nem saibam do que estou falando.

Ao meu ver – e para quem é cristão e do bem –, os fatos históricos que rememoramos nesta semana são o alicerce e a razão de ser de uma escolha. De uma convicção: custe o que custar, que prevaleçam a verdade, o testemunho, a autenticidade.

Já vivi cenário, até diria, hoje distante da nossa realidade: fiéis agrupados do lado de fora das portas das igrejas porque não havia lugar no interior para abrigar tanta gente.

Das capelas à Catedral, por todos os lugares, havia superlotação nas celebrações.

O que mudou? Não vejo mais isso.

Foi a pandemia? A fé se desidratou ou seria a soberba ideológica que está sepultando valores que nossos pais nos ensinaram, mas que, temerosos ou covardes, deixamos que se perdessem na esteira movida por interesses e não por convicções?

Penso que o cenário de hoje se conecta com desafios. Ou nos submetemos, complacentes, a um processo de desespiritualização, a cargo de uma ideologia que está afastando fiéis das igrejas, fechando santuários, proibindo qualquer manifestação religiosa em escolas e espaços públicos, ou resgatamos e preservamos o que de mais importante nos foi ensinado: seja honesto, correto, respeitoso, justo e crente em Deus!

Alguma dessas qualificações te incomoda? Então reavalia tua vida. Ainda há tempo. Tempo para analisar escolhas, para reconsiderar decisões e, se necessário, redefinir a trajetória daqui para frente.

Feliz Páscoa!

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