Categories: Regional

O que a região precisa fazer para não voltar à vigência da bandeira laranja

O modelo de distanciamento social controlado, adotado pelo governo do Estado em 11 de maio para enfrentamento da pandemia, ainda é motivo de dúvida para muita gente. Seu funcionamento se dá em quatro classificações de risco, apresentadas na forma de bandeiras, que são baseadas nos diversos indicadores de saúde de cada uma das 20 regiões nas quais o Rio Grande do Sul foi dividido.

As restrições a comércio, indústria, serviços e transporte variam segundo a cor da bandeira. Na amarela, a mais branda, todos os setores podem funcionar, observando alguns critérios. Já na preta, a mais severa, o funcionamento fica limitado aos serviços essenciais, com capacidades que variam de 25% a 50% do total, conforme a atividade. O restante deve ser fechado. Dentre os indicadores utilizados pelo modelo estão a capacidade de leitos de UTI, a quantidade de testes realizados, a disponibilidade de dados para identificar casos e também a taxa de crescimento de hospitalizações e de novos casos de Covid-19.

LEIA TAMBÉM: Região de Santa Cruz melhora indicadores e volta para a bandeira amarela

Na última quinta-feira, o governador Eduardo Leite (PSDB) tornou mais rígidos alguns desses indicadores, buscando adaptar o modelo à realidade e à velocidade com que a doença avança pelo Estado. Como consequência, quatro regiões foram colocadas em bandeira vermelha, na atualização divulgada no sábado. Na contramão disso, a região R28, que compreende Santa Cruz do Sul e outros 12 municípios do Vale do Rio Pardo, foi a única que teve a classificação de risco reduzida, retornando à bandeira amarela para o restante da semana.

Publicidade

No entanto, a quantidade de leitos disponíveis nos hospitais da região caiu, o que se traduz como menor capacidade de atendimento à população. “Na prática, aumentou o número de hospitalizações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em relação às últimas semanas. Não é que o número tenha aumentado tanto, mas o cálculo feito pelo novo modelo nos coloca em bandeira vermelha nesse indicador”, explica Mariluce Reis, responsável pela 13ª Coordenadoria Regional de Saúde e integrante do Gabinete de Emergências da Prefeitura.

LEIA TAMBÉM: Saiba o que muda em Santa Cruz com a volta para a bandeira amarela

Para que a região permaneça na bandeira amarela, é fundamental que a comunidade não relaxe nas medidas de prevenção adotadas até aqui. “É um controle social. A população tem de colaborar muito para que a gente se mantenha com baixo risco. Tem que ficar em casa, sair só quando realmente necessário, se proteger do frio e, mais do que nunca, continuar utilizando a máscara e fazendo a higiene das mãos com sabão e álcool gel. O isolamento social é que vai garantir um bom resultado”, enfatiza.

Os indicadores são subdivididos em dois grupos principais – capacidade de atendimento da rede hospitalar e propagação do contágio da doença –, e é a esses números que a população precisa estar atenta.

Publicidade

Municípios devem estar muito unidos
Outra base do modelo de distanciamento que levanta questionamentos é quanto às estatísticas de cada cidade. Se Santa Cruz do Sul aparece com indicadores baixos desde o início da pandemia, por que esteve com bandeira laranja na semana passada? Isso acontece porque a classificação considera todos os municípios de cada região para a definição da bandeira, ou seja, cidades que possuem índices de risco considerados bons ainda podem ter classificação pior caso a região apresente piora. A R28 compreende Santa Cruz do Sul, Vera Cruz, Candelária, Sinimbu, Venâncio Aires, Vale do Sol, Gramado Xavier, Herveiras, Mato Leitão, Pantano Grande, Passo do Sobrado, Rio Pardo e Vale Verde.

LEIA MAIS: ACOMPANHE A COBERTURA COMPLETA SOBRE O CORONAVÍRUS

Publicidade

TI

Share
Published by
TI

This website uses cookies.