Categories: Polícia

O que a facção planejava fazer com coletes balísticos e roupas táticas?

Depois de a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Santa Cruz do Sul cumprir um mandado de busca e apreensão em uma residência do Bairro Senai, na manhã dessa quinta-feira, 6, e encontrar uma quantidade assombrosa de itens, a Polícia Civil busca entender o que seria feito com os materiais.

Foram apreendidos coletes à prova de balas, toucas ninjas, coturnos, coldres e roupas táticas – ao estilo militar – na cor preta, além de radiocomunicadores, bloqueadores de sinal de celular e até luminosos giroflex, produzidos para uso em viaturas policiais. Todo esse material estava em poder de um jovem de 22 anos.

LEIA MAIS: Draco apreende material pertencente a facção criminosa no Bairro Senai

Publicidade

Agora a polícia busca identificar a origem dos produtos, mas já sabe que os 16 coletes balísticos vieram do Paraguai. “Estamos em processo de investigação. Os equipamentos de vestimenta, proteção e comunicação poderiam servir para diversos indivíduos. Ainda não podemos apontar para qual facção ou intuito eles seriam usados”, afirma o delegado Marcelo Chiara.

Chamou a atenção da polícia a localização, também, dos giroflex, radiocomunicadores e bloqueadores de sinal. “São equipamentos importantes. Talvez a ideia fosse dificultar ações policiais, maquiar veículos, se disfarçar. É prematuro apontarmos algum desdobramento. Estamos investigando”, diz Chiara.

A Draco investigava há cerca de um mês um possível local de armazenamento de materiais pertencentes a uma facção criminosa. A residência de classe média alta fica na Rua Capitão Fernando Tatsch. O jovem foi conduzido à delegacia e liberado, pois ainda não há provas de envolvimento dele com o crime. Entretanto, um inquérito será instaurado para apurar a possível relação com alguma facção criminosa. “A conduta dele será avaliada dentro do processo”, destacou o delegado. A operação teve apoio da 2ª Delegacia de Polícia.

Publicidade

PERFIS EM COMUM

O perfil do rapaz investigado é semelhante ao do que foi preso com um arsenal em um flat do Bairro Avenida, em 2017. Ambos são jovens, de classe média. Apesar disso, por enquanto não há elementos que relacionem as duas situações. “Não podemos atribuir relação entre os dois casos, embora seja curioso. Naquela ocasião foram armas, nesta, vestimentas de proteção. Não descartamos nada. Vamos investigar”, afirma Chiara.

À época, foram apreendidos pelo menos 15 fuzis de guerra de fabricação americana e soviética, sendo oito calibre 556 e sete calibre 762, 20 pistolas 9 milímetros, uma pistola calibre .45 e uma grande quantidade de munições de calibres 556, 762 e 9 milímetros, além de carregadores de AK 47 e dois fuzis desmontados. Os itens apreendidos seriam da facção Os Manos e foram avaliados em cerca de R$ 3 milhões. No local foi preso em flagrante o guardião das armas, identificado como Jerônimo Jardim Lopes, de 26 anos.

Publicidade

LEIA MAIS: O guri das armas: como aconteceu a maior apreensão de armas e munição da polícia gaúcha

A polícia também segue monitorando a movimentação de facções na cidade. “Várias investigações estão em andamento contra o crime organizado, mas não podemos atribuir nada a essa situação especifica”, finaliza.

Publicidade

Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

Share
Published by
Naiara Silveira

This website uses cookies.