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TRIBUNA

O produto candidato

Parece muito mercantil e fora de contexto dizer que o candidato, seja ao Executivo ou Legislativo, é um produto, mas na fria avaliação é isso. Ele tem que ser apresentado de tal forma que convença o cliente, no caso o eleitor, de que é a melhor opção. Por sua vez, o eleitor investe o que tem de mais valioso: a capacidade de escolha, única, intransferível e que coloca todos, desde o mendigo até o mais rico do Brasil, em pé de igualdade. Todos equivalem a um voto.

Como produto que é, o candidato deve ter trabalhar duas questões fundamentais: a imagem e o conteúdo. A primeira tem que ser agradável, capaz de permitir a identificação com o eleitor, evidenciar o potencial para fazer aquilo a que está se propondo. A segunda envolve histórico, ações atuais e um plano de governo robusto, com propostas factíveis e que atendam ao interesse da sociedade de forma geral.

No caso da eleição proporcional, o postulante pode dar-se ao luxo de atender a um segmento, desde que seja suficiente para lhe garantir a quantidade de votos necessários para ocupar uma das 17 cadeiras da Câmara (pensando-se em Santa Cruz do Sul).

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Exemplo histórico

Um exemplo clássico de estratégia bem-feita é o ex-presidente Fernando Collor de Mello. Ele foi apresentado durante a campanha como nova opção, um homem jovem, atleta, de boa aparência, que fugia ao padrão dos políticos tradicionais – senhores grisalhos da região Sudeste. “Caçador de marajás” – assim foi apresentado ao público, claro, sem contar que ele poderia ser incluído entre os marajás, levando-se em consideração ter vindo de uma família oligárquica nordestina. Além disso, tinha como conteúdo o fato de vir de um governo promissor em Alagoas, além de garantir a solução dos problemas para a inflação galopante daquela década. Venceu. Tinha boa imagem e conteúdo. Tanto em 1989 quanto agora, um erro de estratégia pode fadar à derrota, assim como um acerto leva à vitória.

Atenção, equipes de campanha!

Com a série de limitações nos materiais de campanha, o windbanner, aquele material que lembra uma vela de barco posto nas calçadas, virou excelente opção. As equipes devem estar atentas, no entanto, a algumas questões: em dia de vento, ele tomba; deve ser colocado e retirado diariamente; a posição em que fica, nas esquinas, não pode atrapalhar os motoristas de cuidarem do trânsito (já bastam os contêineres de lixo, que fazem muito bem esse papel de prejudicar a visão de quem para na esquina das vias centrais).

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