Os últimos momentos de vida do prefeito de Santa Cruz do Sul, Telmo Kirst, foram de acalento e carinho das pessoas amadas. Ao lado dele estavam a filha, Maria Tereza, e o amigo Régis de Oliveira Júnior, também secretário de Comunicação do governo Telmo. “O prefeito também me deu a missão mais difícil da vida de alguém, que é estar [presente] na morte. Ele pediu que eu e Maria segurássemos as mãos dele, falou ‘Vamos adiante’ e suspirou. Foi uma morte tranquila, ele não sofreu e ainda deixou uma boa mensagem para a gente”, disse Régis, após o enterro de Telmo.
E não é apenas a mensagem final que os amigos e familiares levarão consigo: ficam as lembranças dos momentos felizes vividos ao lado do prefeito. “Apesar da dificuldade do momento, porque é a última vez que o estamos vendo, que estamos tocando, a última vez que a gente está junto de fato, isso acaba servindo de consolo, as boas lembranças que ficam”, comentou Régis. “O prefeito foi meu professor, foi meu amigo, foi meu pai. Ele me ensinou muitas coisas. Inclusive, durante estes últimos cinco dias, aprendi muito com ele.”
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Segundo o secretário de Comunicação, o maior objetivo é carregar consigo o legado de Telmo. “Eu tive muitos momentos felizes ao lado do prefeito, datas importantes, como Natal, Ano-Novo. A gente conversava muito, tomava vinho juntos. Eu vou ter uma série de bons momentos para lembrar e para guardar. Principalmente, quero manter o legado dele, manter o nome Telmo Kirst. Ele confiava muito em mim, então vou guardar isso comigo e vou honrar todo o legado de Telmo Kirst”, lembrou Régis.
O prefeito faleceu após um tratamento de dois anos contra um tumor no intestino, diagnosticado ainda em 2018, que logo se espalhou para outros órgãos. Desde então, passou por diversas sessões de quimioterapia no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. De acordo com Régis, foram mais de 20 sessões. “Eu estou com o prefeito desde o momento em que ele teve o diagnóstico do câncer. Foi um processo longo, de entender que o prefeito não estaria mais aqui.”
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Um dos desejos de Telmo, atendido nesta segunda-feira, era ser enterrado na mesma sepultura que os pais, Pedro e Olinda Kirst. “Ele queria ficar muito em casa e hoje a gente atendeu ao pedido dele, ele pôde voltar para o Palacinho, ele pôde voltar para o escritório [na Rua Gaspar Silveira Martins, onde o cortejo passou], que ele tanto queria. Todos os pedidos do prefeito foram atendidos, o que me dá tranquilidade, me dá paz”, pontuou Régis.
“As pessoas que eram importantes na vida dele viram ele, estiveram com ele, seguraram na mão dele, fizeram carinho. Então isso tudo é o que importa, é o que a gente vai ficar de boas lembranças. Força para a família, que é um momento difícil, e que a comunidade sempre se lembre de Telmo Kirst como um exemplo de homem íntegro, correto e que, acima de tudo, me ensinou sobre lealdade”, finalizou.
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