Nossa capacidade de adaptação e ressignificação é extraordinária. Com a pandemia ainda em curso, as coisas já ganham um novo tom. É visível a beleza que existe por trás de tudo, inclusive de eventos impactantes como este da Covid-19. Só enxerga esta beleza quem está desperto, atento às diferentes nuances do nosso mundo. Perdemos mais de 114 mil pessoas no Brasil, segundo dados do Ministério as Saúde. Um número chocante, que precisa tocar nossos corações.
O pouco de vida que vem sendo retomado aos poucos nos faz experimentar um novo ambiente social, de mais cuidado, mais respeito, mais cordialidade e, principalmente, de valorização de coisas essenciais, que até então passavam desapercebidas. A alegria de receber um cliente, por exemplo. A possibilidade de poder voltar ao trabalho de forma segura, mesmo com cuidados que mudaram nossa rotina. O reencontro de amigos e familiares, sem abraços, à distância e regados a máscara e álcool gel. Tudo tem mais valor quando perdemos o que nos é dado de graça e quando a incerteza absoluta estaciona em nosso dia a dia.
A pandemia nos ensinou que fomos medíocres como espécie até aqui. Míopes, irresponsáveis, egóicos. Nos mostrou com clareza que não estamos no controle das coisas, e que nossa ciência terrena não é a dona da verdade absoluta. A incerteza pode ser uma bênção, que coloca nosso orgulho à prova, e nos coloca de molho para pensar na existência. A pandemia questionou nossa supremacia como espécie. Nos ensinou que nossa casa é um santuário, seguro, e que pessoas incríveis trabalham para nos manter ilesos, e, principalmente, que tudo que fazemos afeta os demais e o mundo.
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Alguns insistem em gastar seu tempo e sua energia colocando o foco nas perdas, nos dilemas insanos, que em breve não terão importância alguma. Temos uma chance de transformar custo em investimento, e de nos dar conta de que, para ganhar, há perdas e um preço a pagar. Podemos criar um mundo melhor a partir da nossa geração, e haverá um preço a pagar nesta transição. O que desaparecer, já não serve mais para a nova Gaia, em seu despertar acelerado.
Negócios mal-gerenciados, empresas e profissionais nada preparados para a mudança, mentes sórdidas que continuam destruindo o próximo para impor suas verdades e gente de caráter duvidoso, que aplaude o que já não tem mais nenhuma justificativa, não tem espaço na Nova Terra. Na lei da causalidade, olhamos para a causa e não para o efeito. Nós somos a causa do mundo que se apresenta em nossos tempos. Mudar o mundo é mudar a si mesmo. Ajuste sua lente, e comece a mudança enxergando a beleza que existe por trás de todos os eventos do nosso mundo. Inclusive de uma pandemia.
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