Não há ditado mais certo que este: “Quem compra terra não erra”.
Não me refiro às chácaras e áreas muito pequenas. Respeito, todavia, quem compra para seu lazer e recreio.
Eu falo em áreas produtivas. Bem administradas, elas desvendam muita alegria e ainda são fonte de renda. A terra garante contra surpresas de ver alguns investimentos sumirem como fumaça.
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A terra é teu abrigo. Sendo produtiva, sempre alguém vai querer comprar.
É salutar termos em mente a possibilidade de aumentar a área. Por isso, creio não ser aconselhável gleba pequena cercada por proprietários que nunca vão permitir uma expansão. E o importante é, se possível, comprar áreas contíguas. A despesa vai ser ínfima: os maquinários e a mão de obra serão os mesmos.
Dito isso, quero dizer que o espectro da pecuária mudou bastante de dez ou 20 anos para cá. Os filhos dos proprietários rurais foram estudar e voltaram com mil inovações. Hoje, na pecuária, as fêmeas são inseminadas, existe a transferência de embriões. A monta natural por touros é quase só para repasse das fêmeas falhadas.
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O Brasil, portanto, está muito bem no agro.
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Um amigo meu que trabalha e mora na Alemanha me disse, recentemente, o seguinte: “A carne alemã aqui é fraca. A picanha é dura e não há cortes disponíveis para grelha. A turma coloca linguiças na grelha e carne no forno ou defumador.”
“É outra cultura. E a costela bovina que se encontra aqui é a pré-pronta, defumada e temperada. Dá para enganar, mas não é a mesma coisa. O bom aqui são as linguiças.”
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Sem embargo de tudo isso, penso que churrasco como aquele de anos passados, com a graxinha pingando, a costela que nem era roída e já se pegava outra, os fazendeiros dando vacas de presente para alguma festa, isso acabou, ao menos por enquanto.
Quem sou eu para aconselhar. Creio que devemos esquecer um pouco a picanha que, muitas vezes, nem picanha é, e prestar atenção em outros cortes, bem mais baratos, que vão muito bem numa panela. E por que não comprar um osso buco e fazer um ensopado de lamber os beiços?
Encerro dizendo que fui relativamente bem nos meus negócios, mas não quero ser professor de ninguém. Penso que em todos os negócios deve haver qualidade: a qualidade se defende. Não adianta muito oferecer produto fraco. O comprador vai dizer: “Não era bem isso que eu queria”.
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Em tempo: estou de acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o desperdício de comida no Brasil. E agrego: o desperdício se dá em todas classes sociais. Sem exceção.
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