Diagnosticado com Covid-19 e isolado desde 6 de agosto em sua chácara, na divisa entre Pantano Grande e Encruzilhada do Sul, o ex-prefeito de Rio Pardo Fernando Schwanke conversou por telefone nessa terça-feira, 18, com a Gazeta do Sul. Atual secretário nacional de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), ele deu detalhes sobre a contaminação e destacou que o ciclo do vírus em seu organismo está chegando ao fim. “Felizmente, estou na reta final de recuperação. Acredito que o pior já passou.”
No último dia 4, ele participou de uma reunião na sede do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em Brasília. No dia seguinte, seus colegas Fernando Camargo e Pedro Neto também foram ao local para um encontro. No dia 6, Schwanke viajou ao Rio Grande do Sul e foi direto para sua chácara.
As suspeitas iniciaram na manhã do dia 7, uma sexta-feira. “Já acordei com sintomas, como febre, dor no corpo e dor de cabeça. No sábado eles pioraram. Meu colega Fernando Camargo também estava com sintomas e a gente foi acompanhando conjuntamente essa evolução”, disse.
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Camargo fez o exame no sábado, 8, e na segunda-feira, 10, recebeu o resultado positivo. “Por orientação do médico Arthur Caselli, de Pantano Grande, fiz o exame na segunda-feira. Porém, mesmo sem ter o resultado ainda, já comecei a tomar Azitromicina, um antibiótico”, contou o secretário. O resultado positivo foi confirmado no dia 12.
Os colegas Camargo e Neto e um diretor do Senar também foram diagnosticados com Covid-19. “Até aí, continuei com os mesmos sintomas que já estava. Na quinta-feira, fui ao plantão do Hospital Santa Cruz. Na consulta, o médico receitou Dexametasona e Dipirona para febre.”
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Após a volta para casa, entre os dias 14 e 15, a febre de Schwanke havia praticamente sumido, mas outros sintomas começaram a preocupar, como a tosse e a falta de ar. “Na última segunda-feira, estive de novo em Santa Cruz para fazer uma tomografia de pulmão, que mostrou que estou com 25% de comprometimento respiratório. Sigo com os medicamentos que já tomava, mais um para tosse, e cuidados para recuperar o pulmão, pois a falta de ar é o mais problemático”, comentou.
O colega de Schwanke, Fernando Camargo, tem um quadro mais grave. Ele foi internado na segunda-feira com cerca de 50% da capacidade respiratória prejudicada. Na chácara, aos cuidados da esposa Cláudia e da filha Julia, Fernando segue com o tratamento. “As duas estão sem sintomas e, por aqui, seguimos todas as recomendações necessárias. Estamos isolados, sem nos aproximar de ninguém. Acredito que estou na reta final do ciclo do vírus, pois na próxima sexta-feira fecham os 14 dias de quando senti os primeiros sintomas.”
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Falta de ar
Segundo Fernando Schwanke, a ideia é voltar ao trabalho só após recuperar completamente a capacidade respiratória. “É uma doença chata, traiçoeira. Temos que ter muito cuidado, principalmente com a falta de ar. Noto que se caminho cerca de 15, 20 metros, já fico sem fôlego, o que, segundo a orientação médica, é normal.”
Após o fim de semana, Schwanke deve fazer novo teste, assim como a esposa e a filha. “Agora é se precaver para recuperar e poder seguir vida normal. Vai levar um tempinho ainda”, disse. Sobre seu trabalho, Schwanke afirmou que vem mantendo contato diário via internet com a ministra Tereza Cristina. “Estamos trabalhando para fazer o fechamento do ano, avaliações de orçamento, vendo o que ainda temos que executar. Devemos lançar alguns programas importantes de assistência técnica ainda em 2020”, revelou.
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O secretário afirmou ainda que a área de sua responsabilidade deve ter fundamental importância para a retomada das atividades completas pós-pandemia. “Estamos acompanhando o movimento do Plano Safra, que teve aumento de mais de 50% na tomada de crédito, o que expressa bem a pujança do setor primário e como ele deve ser a nossa mola propulsora para a virada depois da Covid-19.” Por fim, agradeceu. “Recebi muitas mensagens, pensamentos e orações após a minha confirmação com Covid-19. Agradeço e logo logo daremos continuidade à nossa caminhada.”
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