Jaqueline Marques, do PDT, assumiu na tarde dessa segunda-feira, 1º, a secretaria de Educação de Santa Cruz do Sul. A entrada do partido na base governista acontece cerca de sete meses antes das próximas eleições, o que causou divergências entre os membros da legenda. Em entrevista à Rádio Gazeta, a nova representante da pasta garantiu que o “PDT ingressa para somar”, sem deixar de lado suas bandeiras e ideais.
Conforme Jaqueline, as tratativas entre a sigla e o governo tiveram início no segundo semestre do ano passado. Segundo a nova secretária, o prefeito Telmo Kirst entendeu que o PDT tem a educação como uma de suas principais bandeiras. Ela explicou que a sua prioridade é viabilizar o Centro Integrado de Educação Pública (Ciep) nos moldes idealizado pelo ex-governador Leonel Brizola. Para isso, a representante da pasta afirma que será necessário buscar parcerias, inclusive com a iniciativa privada.
“O Ciep tem por objetivo trabalhar desde os primeiros anos de vida a promção da cidadania. Além da parte pedagógica, os estudantes têm oficinas no contraturno. Visa trabalhar o ser como um todo, aproveitando todas as potencialidades da criança”, contou. Além da criação do Ciep, outra proposta da nova secretária é a escola em tempo integral.
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A nova representante da pasta da Educação garantiu ainda que sabe que os desafios serão imensos e citou a falta de vagas nas Emeis como um dos problemas a ser resolvido. “Sabemos que investir na criança é a melhor forma de prevenir a violência”, ressaltou.
Manifestações são livres
Enquanto Jaqueline Marques era anunciada como nova secretária da Educação no Palacinho, no lado de fora alguns representantes do partido realizavam manifestações. Alguns membros, como o único vereador da legenda, Luís Ruas, são contrários à entrada da legenda na base governista. Sobre o assunto, a representante da pasta declarou que este tipo de protesto é livre e garantiu que mesmo os integrantes da sigla que não apoiam a decisão serão respeitados.
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“Estamos desenvolvendo um trabalho de resgate da identidade do PDT. Ao longo dos anos, o partido perdeu um pouco suas características. Divergências existem, mas são importantes, pois forçam o crescimento partidário. Não podem ser pessoais”, comentou.
Sobre a situação do vereador Ruas, Jaqueline avaliou como delicada. “Ele é ausente no partido desde que assumiu na Câmara. Ele não está aliado com nossas bandeiras. Tem que estar onde se sente melhor. Queremos companheiros que defendam a bandeira do 12, senão não vamos crescer como partido político”, completou. Segundo ela, a tendência é que PDT apóie Telmo Kirst nas eleições de outubro.
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