Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

contraponto

O paradoxo da condição humana

Minha ilusão. Por haver considerado expressivamente o fenômeno mundial chamado internet, que dá acesso a todos e a tudo em termos de informações dos povos, de suas origens, seus feitos e sua cultura, em tese contribuindo para uma pacífica integração mundial, durante os anos recentes alimentei uma ilusão acerca de guerras e conflitos bélicos.

Explico. Minha ilusão é de que os jovens recrutados pelas autoridades militares iriam se recusar à incorporação e aos procedimentos bélicos, fosse quem fosse o “inimigo”. Porém, os recentes episódios Rússia x Ucrânia, Hamas x Israel, principalmente, derrubaram radicalmente minha expectativa otimista.

LEIA TAMBÉM: F20-F29

Publicidade

Sim, sei que provavelmente esses jovens iriam à corte marcial do seu país, e sabe-se lá a que pena seriam submetidos e castigados pela ousadia e omissão. Ou seja, a realidade revela que os senhores das guerras (e dos negócios armamentícios) ainda “comandam” nossos destinos. É como se nada houvéssemos aprendido nas décadas recentes e amargas.

Reafirmo, alimentei uma ilusão, uma esperança, embora nunca tenha negado que nos percebo como guerreiros medievais e territorialistas, cuja estupidez e selvageria se sobrepõem à razão e ao humanismo.

Pode parecer um exagero minha retórica metáfora, mas como se não assim para explicar e confirmar os vários, sucessivos e históricos atos de violência entre humanos!

Publicidade

LEIA TAMBÉM: Caso Venezuela–Brasil, uma pergunta

Duas vezes premiada com o prêmio Pulitzer, é famosa a obra da historiadora norte-americana Bárbara Wertheim Tuchman (1912-1989), premiada, consagrada e reconhecida mundialmente.

Em especial seu livro editado em 1984, “The March of Folly – from Troy to Vietnam” (A Marcha da Insensatez – de Tróia ao Vietnã – edição brasileira José Olympio – 1989).

Publicidade

A autora nos conduz por diversos eventos bélicos, com destaque especial para a Guerra de Tróia, o desgoverno dos Papas à época da Reforma, a conturbada relação da Inglaterra com as colônias americanas e a Guerra do Vietnã.

LEIA TAMBÉM: Emendas Pix

Nominado pela autora como “o paradoxo da condição humana”, o núcleo da narrativa gira em torno da seguinte tese: a sistemática procura – pelos governos – de políticas contrárias aos seus próprios interesses e a não consideração da existência de uma alternativa viável.

Publicidade

Diz a apresentação: “São páginas que servem de alerta e inspiração para todos nós, numa época em que a marcha da insensatez parece acelerada no universo em que vivemos”.

LEIA MAIS COLUNAS DE ASTOR WARTCHOW

Chegou a newsletter do Gaz! 🤩 Tudo que você precisa saber direto no seu e-mail. Conteúdo exclusivo e confiável sobre Santa Cruz e região. É gratuito. Inscreva-se agora no link » cutt.ly/newsletter-do-Gaz 💙

Publicidade

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.