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ELEIÇÕES 2024

O papel dos mesários e as adaptações após ano de intempéries climáticas

Foto: Arquivo Pessoal

Coordenador de Sistemas de Eleições e Logísticas do TRE-RS, Cássio Vicente Zasso

Para este domingo, 6 de outubro, mais de 155 milhões de pessoas estão aptas a votar em todo o país. Destes, mais de 8,6 milhões são eleitores do Rio Grande do Sul. O último pleito municipal, realizado em novembro de 2020, foi marcado pela pandemia por Covid-19, que trouxe uma série de adaptações ao momento. Em 2024, os gaúchos vivenciaram intempéries climáticas que modificaram o curso dos dias e provocaram grandes impactos e destruição, com muitos municípios vivenciando ainda processos de restabelecimento e reconstrução.

Há 30 anos atuando junto ao Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS), Cássio Vicente Zasso, natural de Sobradinho, é coordenador de Sistemas de Eleições e Logísticas. Em entrevista à redação do Jornal Gazeta da Serra, destacou a importância do papel dos mesários para realização das eleições. “Em alguns municípios a gente chega a ter um índice de 90% de mesários voluntários, em que eles próprios se inscrevem para atuar”, explica, revelando que, no estado, a média está atualmente em torno de 65%. Todo eleitor, maior de 18 anos, em situação regular perante a Justiça Eleitoral, pode ser mesário. Contudo, existem algumas restrições, como não podem ser mesários os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o segundo grau, inclusive, e bem assim o cônjuge; os membros de diretórios de partido político, desde que exerçam função executiva; as autoridades e agentes policiais, bem como os funcionários no desempenho de cargos de confiança do Executivo; e os que pertencerem ao serviço eleitoral. “Para se cadastrar como voluntário, para uma próxima eleição, a pessoa pode entrar no site do TRE-RS e preencher um formulário on-line”, a partir daí os Cartórios Eleitorais fazem o chamamento para atuar na função essencial para o andamento de um pleito.

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Conforme Zasso, há diversos exemplos de mesários que atuam na função há décadas.
Entre as atuações desempenhadas pelos mesários, está a de presidente da mesa, 1º e 2º mesários e secretário. No Rio Grande do Sul, são cerca de 107 mil mesários. Se somam ao importante trabalho desempenhado para a realização das eleições, os servidores dos Cartórios das Zonas Eleitorais, os membros da Justiça Eleitoral, das juntas eleitorais, responsáveis pelos locais de votação e terceirizados. Assim, conforme Zasso, são aproximadamente 120 mil pessoas que se envolvem no trabalho, mais os servidores da Justiça Eleitoral.

Em relação às urnas eletrônicas, o servidor do TRE-RS lembra que estas foram implantadas em 1996, nas cidades maiores. “Em 1998 passou para mais um contingente de cidades e, a partir do ano 2000, aí sim foi para todo o país. E a grande segurança é que ela não é conectada à internet, então não tem como invadir uma urna eletrônica. Ela é preparada antes, lacrada com lacre da Casa da Moeda, e ela fica assim. Um boletim sai impresso com o resultado e esse resultado impresso depois pode ser comparado com o que foi transmitido do TRE”, explica Zasso. Antes da votação é impressa a zerésima, relatório que mostra que nenhum candidato tem voto, e, ao final, se tem o boletim de urna (BU) impresso, que possui também um QR Code, e esse mesmo resultado depois vai ser encontrado na página do TRE e TSE quando for transmitido.

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Conforme o coordenador, o trabalho de preparação das eleições é iniciado com bastante antecedência e envolve uma grande estrutura e planejamento. As intempéries climáticas trouxeram desafios e a necessidade também de algumas adequações para este pleito. “A gente teve episódios em que nós perdemos urnas, que estavam em locais que ficaram alagados. Nós tivemos três cartórios que foram totalmente alagados e se perdeu tudo, também um depósito. Isso tudo acarretou um replanejamento de urnas, solicitação de equipamentos novos para o TSE para a gente repor o que não dava para ser usado, e a mesma coisa com os locais de votação, a necessidade de alterações”, mencionou Zasso.
O coordenador também ressaltou que se tem utilizado cada vez mais a biometria para identificar o eleitor. Segundo ele, em alguns casos, mesmo se o eleitor não tiver feito a coleta biométrica, poderá constar sua biometria para identificação, uma vez que tem sido realizados convênios com órgãos como Detran e instituto de identificação, que partilham dados com a Justiça Eleitoral. Zasso reforçou a importância da população comparecer para votar.

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