O olhar do produtor: mecanização na lavoura de Burley

Desta vez começamos por casa. De todas as expedições que participei, é a primeira vez que visito uma propriedade de Santa Cruz do Sul. É a casa de Leandro Pedro dos Santos e Daniela, que fica na divisa: a construção em Santa Cruz, mas parte das terras já em Vera Cruz. Descobrimos dificuldade do produtor por ter esse problema, com papéis e documentos, dificultando a obtenção de algum financiamento. Não é empecilho para o trabalho. O jovem casal planta 80 mil pés de tabaco com agricultura familiar e investiu em placas de energia solar e em estufa de carga contínua para baratear o custo.

Também temos benefícios da energia limpa no dia a dia da casa, o que traz benefício para o produtor e é fundamental. Está fechando o primeiro ano e pagamos somente a taxa, o que é mínimo. É um investimento a longo prazo. Incentivo, como tenho, todos os agricultores a fazerem isso, porque é alto, mas com o tempo se paga, pelo custo e pelo conforto, pois podemos adquirir alguns produtos elétricos a mais.

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Mecanização na lavoura de Burley

Depois fomos a São Pedro do Sul, a três horas de viagem, onde visitamos o casal Arriel Lüdtke e Patrícia, que é diferenciado dos que já visitamos e vamos visitar. É o único produtor de Burley que visitaremos nessa expedição. Plantam 420 mil pés, com a colheita mecanizada com máquina vinda da Itália. São feitos o corte do tabaco e o corte do pé para pendurar, pois o Burley é espetado em tacos ou com corte na base para pendurar no arame para secar. O investimento foi superior a R$ 1 milhão, em 2017, ao voltar depois de 25 anos no Mato Grosso. Mesmo com tamanha quantidade, a propriedade é familiar, e a utilização da máquina facilita o serviço. Diferentemente de outras, que têm grande galpões, essa conta com estufas menores, como as de morangos, que também servem para a produção de mudas. Isso mostra que, mesmo com valor alto, é possível atuar de maneira empresarial.

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Chegamos a Santa Catarina

Nesta quarta-feira, visitaremos uma propriedade em Itaiópolis, Santa Catarina, que serve como referência para pesquisa. Tudo passa primeiro por esse tipo de propriedade para, depois, ir para os demais agricultores.

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