A Azul Linhas Aéreas realiza nesta quarta-feira, 4, o primeiro voo entre Santa Cruz do Sul e Porto Alegre. A retomada das rotas comerciais no município faz parte de uma série que inclui oito novas operações ligando Porto Alegre a cidades do interior. Para as 14h30 está agendada uma solenidade para marcar a ocasião, com a presença de autoridades, no Aeroporto Luiz Beck da Silva, em Santa Cruz. A Gazeta do Sul conversou com o diretor de Relações Institucionais da Azul, Marcelo Bento Ribeiro, que falou sobre as expectativas do novo serviço.
Entrevista
Por que Santa Cruz, que é relativamente próxima de Porto Alegre, foi uma das cidades escolhidas para integrar as novas rotas do interior? Quando a gente decide operar, a gente não leva em conta somente o fluxo da cidade e a cidade de destino, então o importante não é apenas o tráfego de Santa Cruz para Porto Alegre. O mais importante, na verdade, são as conexões. O objetivo é ligar Santa Cruz à capital do Estado, mas também ao Brasil e ao mundo. A Azul pensa em rede, em como fortalecer a nossa rede e malha aérea. Entendemos que Santa Cruz é um polo muito relevante, sede da indústria do tabaco e que precisa dessa conexão com o resto do Brasil. Por isso, apesar de ser tão perto, optamos por esse trecho.
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A infraestrutura do aeroporto da cidade foi levada em consideração? A infraestrutura do aeroporto é fundamental para nossa operação. Por isso, nossa opção foi fazer essa ligação com o Cessna Caravan, que é uma aeronave que não requer grandes investimentos em infraestrutura do aeroporto e que pode abrir o mercado. Evidentemente que, dependendo de como as coisas forem amadurecendo, a gente poderá vir a operar aviões maiores, aí serão necessárias mais adequações no aeroporto.
Qual a importância da economia voltada ao setor fumageiro para a escolha? Ter uma economia pujante é fundamental para a sustentação de qualquer voo. Por isso, a atividade fumageira no município e na região é importante, para que se tenha pessoas viajando a negócios e que esse voo seja sustentável ao longo do tempo. Mas além disso, a gente também espera que o voo ajude a incrementar a atividade econômica da cidade.
É também um ponto estratégico para que clientes que vão a outras cidades aproveitem esses voos? Sempre levamos em conta não apenas a cidade, mas todo o entorno dela. Então, a região até 100 quilômetros ao redor pode contribuir para o tráfego gerado para um voo em uma determinada cidade. Esperamos que a região expandida no entorno de Santa Cruz contribua muito.
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Há quanto tempo ocorrem tratativas para viabilizar o voo? Estamos conversando há um ano e meio com o governo do Estado e com o Município sobre isso. Levou mais tempo por causa da pandemia, normalmente seria menos tempo. Mas ainda assim, contando com tudo que passamos nos últimos tempos, foi até relativamente rápido, só tivemos que ter mais paciência.
A Azul terá funcionários fixos em Santa Cruz do Sul? Com o Caravan, que é um avião tão pequeno, não contratamos mão de obra diretamente no local, usamos serviço de terceiros. A nossa maior contribuição não é de vagas geradas diretamente. É realmente pela atividade econômica que a existência do voo e a facilidade de ir e vir possibilita.
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