Que a literatura africana é talvez a mais inventiva, a que desenvolve maior amplitude de olhar sobre os paradoxos atuais e a mais prolífica, isso é constatação recorrente no cenário cultural. Centenas de autores, de todos os quadrantes da imensidão africana, granjeiam leitores e, de pronto, admiradores. Agora, um livro do nigeriano Wole Soyinka, Prêmio Nobel de Literatura de 1986 (portanto, há quase 40 anos), chega para enfatizar mais uma vez essa proeminência.
Soyinka influencia o universo cultural da altura de seus 90 anos, completados em julho. E sua obra Mito, literatura e o mundo africano chega como um dos títulos que inauguram uma nova (e oportuna) coleção, a “Biblioteca Africana”, assinada pela editora Zahar e pelas Edições Sesc. O autor define seu esforço como “autoapreensão do mundo africano”.
Ele já tem alguns de seus livros, entre romance, poesia, ensaio e teatro, disponíveis no Brasil. Escreve a partir de sua formação em língua inglesa, o que lhe imprime forte universalidade. O novo título originalmente foi lançado em 1975, e assim chega ao Brasil com atraso de cinco décadas, decorrendo de uma série de palestras que ministrou em Cambridge.
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Nele, em 232 páginas, a R$ 79,90, formula análise de história, literatura, mitos e rituais iorubás cujo fito é apresentar a mitologia africana como um complexo sistema de pensamento, um rico repositório de saberes, valores civilizatórios e sobretudo um coeso horizonte normativo (ético, moral e estético) que orienta a vida coletiva.
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