Foresight é a disciplina de estudos de futuros. Futuros plurais, jamais singulares ou determinados por um pequeno grupo de gigantes digitais. Falar de tendências, tecnologia e inovação é muito importante, mas não mais suficiente. 

Precisamos estar alguns passos à frente para garantir que negócios e profissionais serão capazes de responder de forma rápida às novas demandas da sociedade. O planeta vive uma época de consciência ampliada, de marcas com reputação, de questionamentos morais e éticos, e de alocar energia para construir o novo, não mais melhorar o que existe. Gestores de todas as indústrias têm enormes desafios frente ao futuro que se apresenta, e pouquíssimos estão preparados para enfrentar a era 4.0. 

Muitos se fala em Futurismo, mas o nome correto da ciência de futuros é Foresight, Futures Studies ou Futures Research. Foresight é uma nova disciplina que precisará ser aprendida por profissionais e líderes que influenciam a mudança e constroem o futuro.

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As fórmulas atuais trazem respostas de curto prazo, Foresight cria visões sistêmicas ampliadas, discussões robustas e possibilidade de lidar com futuros de longo, médio e curto prazo. 

Construir o futuro do mundo não pode mais girar em torno das ondas de inovação, das fórmulas enlatadas do Vale do Silício e de discussões tecnológicas. O futuro é humano, criado por humanos e para os humanos. Precisamos de métodos novos, combinatórios, acadêmicos e pragmáticos, que ajudem pessoas e empresas a construirem seus futuros plurais a partir de sua realidade individual.

2019 é um ano importante na rota progressiva dos negócios. Empresas tradicionais se tornaram pouco competitivas e têm o desafio de manter, inovar e criar trilhas paralelas ao mesmo tempo. Empresas digitais e exponenciais nascem em novos modelos, mas não terão perenidade e também precisarão se reinventar. Startups continuam em cena, e são peças importantes, mas a disrupção não é saudável para a sociedade quando ela acontece em excesso. O foco das startups deveria ser criar “cavalos de raça”, não “ unicórnios”. Os jovens têm pressa, mas muitos usam o discurso entusiasta sobre consertar o planeta quando o viés real é mais do mesmo: faturar e enriquecer de forma explosiva e rápida. O mundo está farto deste tipo de pressa. É tempo de equilíbrio, igualdade, sabedoria e maturidade. 

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Slow innovation entra em cena este ano, de acordo com minhas Trends 2019. Significa: calma, vamos nos unir para consertar as coisas do mundo que não funcionam tão bem, sem estresse, sem atropelo ou angústia e sem temer o futuro colorido que todos nós podemos usufruir. Acredito no futuro sustentável e acredito cada vez menos no barulho da revolução digital. A digitalização foi a primeira etapa na mudança do mundo. Temos um longo período de ajustes planetários pela frente. 

Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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