Nesta era digital, a maioria das empresas e organizações está com foco intenso na inovação. Ela tem sido reativa, ou seja, apenas com a preocupação de responder ao movimento de disrupção do mercado ou manter vivo o negócio que existe. Isso significa que as empresas ainda podem estar no módulo incremental da transformação, não nos modelos antecipatórios.
A inovação já se tornou o status quo. É imprescindível transformar modelos e formas de pensar os negócios. Para isso, as empresas e organizações precisam estar conectadas com os sinais em torno do sistema de negócios, sempre em sintonia com as mudanças na cultural social e, por conseguinte, na nova demanda do consumidor.
Ser o maior do mercado hoje é ser o mais ágil e o mais eficaz na experiência do cliente.
Publicidade
Coincidentemente, em recente evento em São Paulo, Jorge Paulo Lehman enfatizou que os empresários e inovadores devem prestar atenção no que o consumidor quer. “As empresas e organizações demoraram para se dar conta de que, além de produzir com qualidade e a um bom preço, devem prestar atenção aos desejos de quem consome.”
Isso sinaliza uma profunda mudança na cultura de como os negócios acontecem de agora em diante. E essa mudança vai se aprofundar ainda mais no futuro emergente, já que é o consumidor quem decide quais serão as empresas que continuam e quais serão dispensadas. As organizações do futuro são aquelas capazes de antecipar reações a possíveis futuros, fazendo da atenção máxima ao consumidor uma vantagem competitiva.
E quais são as características desse megapoderoso consumidor? Tudo o que ajudar as pessoas a ampliarem a experiência para além da vida material e a desenvolverem o “ser” terá grande valor agregado. Além disso, o novo consumidor está preocupado em simplificar sua vida, em consumir de forma sustentável e em investir em autocentramento e equilíbrio pessoal. Por ser informado, espiritualizado e holístico, o novo consumidor exige um comportamento ético das empresas que produzem os produtos que ele consome. Assim, o comportamento das empresas em relação ao meio ambiente e à forma como tratam as pessoas que nela trabalham está nos radares do megapoderoso consumidor.
Publicidade
Outra característica do consumidor megapoderoso é a cidadania planetária. Quando consumidores de lugares distintos do planeta desejam o mesmo, ou seja, quando habitantes de comunidades globais e comunidades locais agem pautados por valores comuns – como o consumo consciente, a conveniência e a interação com as empresas e organizações –, podemos entender que há uma demanda planetária pela sustentabilidade do nosso mundo. A dica para os empreendedores é pensar globalmente e agir localmente, criar produtos e serviços com um padrão global.
As organizações e empreendedores que estiverem antenados nesse über consumidor com poderes extremos serão as que saltarão para futuros muito além da inovação, provocando transformações no consumo, no mercado e no planeta.
Publicidade