Aseleção do Marrocos pode até ter se decepcionado na Copa do Mundo do Catar na última quarta-feira, quando perdeu para a França, por dois a zero. Mas isso, se frustrou a expectativa de seu povo de, quem sabe, ver o país pela primeira vez na história numa final desta competição, em nada manchou feito igualmente inédito: pela primeira vez o continente africano teve um representante entre as quatro melhores seleções de uma Copa. O que projetou imensamente o nome e a cultura do Marrocos para o mundo.
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Por sua localização estratégica, essa nação é um rico caldo de influências culturais. No extremo Norte da África, às margens do Mediterrâneo, e enxergando, a olho nu, do outro lado, o litoral de Portugal e da Espanha, tem uma interação muito forte com a França. Esse diálogo se verifica sobretudo na literatura. Mas, de outra parte, as raízes africanas e, mais ainda, os ventos e os aromas do mundo árabe são outros ingredientes.
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E eles se salientam com muita ênfase em um livro que acaba de ser lançado pela editora carioca Tabla: Marraquexe noir, uma antologia organizada pelo escritor Yassin Adnan, em tradução de Felipe Benjamin Francisco. O título já remete, de imediato, para uma das mais antigas e tradicionais cidades marroquinas, situada no Oeste do país, próximo ao litoral do Atlântico. É, por excelência, um ponto de encontro dos povos berberes, que vêm das profundezas do Saara, o maior deserto do mundo, com seus mitos e suas histórias, com a população citadina, a do litoral e a que chega de todos os cantos do planeta.
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Esse livro na verdade integra uma já famosa e premiada série de antologias da editora Akashic Books, e a Tabla já lançara anteriormente o volume Beirute noir, com histórias ambientadas na capital do Líbano. No caso do exemplar dedicado ao Marrocos, a escolha não recaiu sobre a capital, Rabat, e nem sobre outros grandes centros, como Casablanca, Tanger (no litoral norte), Agadir, Meknes e Fez.
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Mas, sem dúvida, nenhuma cidade cristaliza tão à perfeição a cultura e a mitologia (a literariedade) do Marrocos como o faz Marraquexe. Um livro do escritor búlgaro Elias Canetti, As vozes de Marrakech, já o ilustrava à perfeição. E, agora, os contos reunidos nesse volume noir são um convite a mergulhar nas noites árabes, com seus sons e aromas.
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