“O mais triste para mim foi ver as coisas do nenê indo embora com a água”, diz gestante

Enquanto o filho Gael, de 4 anos, brincava com um amiguinho no Salão da Comunidade Evangélica de Sinimbu, Gláucia dos Santos, de 28 anos, aguardava a chuva acalmar para retornar à casa dos amigos que a acolheram após ter de deixar sua casa para trás. Ela, o filho e o marido saíram de casa na madrugada de terça-feira, 30, após o aviso da Brigada Militar, que circulou pela cidade com sirenes, de que a enchente era iminente.

“Foi só o tempo de sair de casa e a água invadiu”, relembrou. Segundo ela, a casa alugada nunca havia sido atingida por eventos como esse. Nessa quarta-feira, 1º, Gláucia e o marido foram até o local, na expectativa de recuperar alguma coisa, mas foram frustrados. “Não deu para pegar nada, está tudo embaixo da lama”, contou.

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Ver isso é tão difícil quanto explicar ao filho de 4 anos a situação. “Ele fica pedindo para ir para casa, não entende que não tem mais, acha que tem”, disse. No entanto, Gláucia tem muito clara em seus pensamentos a imagem que marcou essa tragédia para ela. “O mais triste para mim foi ver as coisas do nenê indo embora com a água. A gente tinha comprado tudo novinho”, lamenta, revelando que está grávida do terceiro filho, com previsão de dar à luz em duas semanas. O Luca vem aí.

Felizmente, a solidariedade da comunidade do Vale do Rio Pardo já fez com que Glaucia reunisse algumas coisas para o bebê que vai nascer. Outra preocupação dela é em relação ao pré-natal. Tinha uma consulta agendada para terça, mas, obviamente, não aconteceu. “Preciso ver o que fazer, se vou a Santa Cruz consultar ou o que”, avaliou. Assim que o rio baixar, pretende ir para a casa da irmã, nas proximidades de Cerro do Baú.

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O filho mais velho, Everton, de 10 anos, está com a avó na localidade de Rio Pequeno, em segurança. “Consegui contato com eles ontem”, disse.

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