Se ainda estivesse vivo, o maestro Lindolfo Rech estaria completando 102 anos na quarta-feira. Ele nasceu em 5 de setembro de 1916 e foi um dos nomes mais importantes da música clássica de Santa Cruz do Sul.
Rech se aposentou como subgerente do Banrisul em 1975, mas sua paixão era a música. Foi autodidata e começou os primeiros ensaios aos oito anos. Tocava piano e violino, foi compositor, arranjador, integrante da Orquestra da Rádio Sociedade Gaúcha e autor do Manual Prático para Violino. Deixou mais de 100 obras para violino-solo e violino acompanhado de piano e orquestra.
Em 12 de julho de 1948, fundou e foi regente da Orquestra de Concertos Lyra, chamada de “embaixatriz santa-cruzense”. Tinha 38 integrante e era uma das mais importantes do Estado.
Publicidade
O primeiro espetáculo foi em dezembro de 1948, na abertura dos festejos dos 55 anos da Sociedade Ginástica. Depois de ficar inativa em 1976 e 1977, retornou em outubro de 1978, nas comemorações do centenário de emancipação do Município e 3ª Fenaf. As apresentações eram gratuitas. As atividades encerraram em 1990.
Em 1963, Rech compôs a música do Hino de Santa Cruz, cuja letra é da professora Elisa Gil Borowsky. Em 1966, compôs o hino da 1ª Fenaf.
O maestro sempre incentivou nos filhos o gosto pela música, mas o único que seguiu a carreira foi Mauro Rech. Ele é o primeiro-violino da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre e professor titular do Conservatório de Música da OSPA. O neto Adriano, por alguns anos, acompanhou os passos do avô como violinista, mas hoje é médico.
Publicidade
Lindolfo morreu em 27 de março de 2011, aos 94 anos. Ele está sepultado no Cemitério Católico de Santa Cruz.
Publicidade