Cultura e Lazer

O legado regional da família Da Rosa vai ser contado em livro

Muitas etnias deram contribuição valiosa para o desenvolvimento econômico, social e cultural de Santa Cruz do Sul, naturalmente com vínculos estabelecidos muito além da região e do Estado. Várias delas, ao longo dos anos, mereceram estudos que resgataram seu estabelecimento e envolvimento nas mais diversas áreas.

Agora mais uma, um grupo amplamente conhecido e reconhecido em praticamente todas as localidades, merece pesquisa. O livro História da família Da Rosa, de autoria de Carlos Alberto da Rosa e de Zélia da Rosa de Sá, foi lançado pela editora Insight, de Curitiba, Paraná; em 245 páginas (a R$ 49,50), fixa os principais momentos históricos e as gerações desde seus patriarcas.

Carlos Alberto da Rosa fixou-se em Curitiba
Zélia da Rosa de Sá é coautora do trabalho

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O avô João Pedro é considerado o patriarca da família Da Rosa, como enfatiza o livro

Entre estes é mencionado em especial João Pedro da Rosa, nascido em 1901 e falecido em 1970, que marca o início da segunda geração da família Da Rosa, em descendência do índio guarani Yaci e da branca Castorina, que viviam junto a uma tribo indígena. Após o falecimento de Yaci, Castorina procurou familiares, em Ramiz Galvão, mas o pai dela não a aceitou de volta ao lar.

Assim, mãe e filho acabaram por parar em Santa Cruz, onde ela sustentou-se fazendo limpezas em casas de família. Mais tarde, João Pedro foi criado junto à família Rech. Já adulto, ele uniu-se a Antônia Carvalho da Rosa, negra e do lar, nascida em Cachoeira do Sul, em 1903. Ela faleceu em 13 de março de 1970, aos 67 anos. Uma semana depois, em 30 de março de 1970, João Pedro também morria, aos 69 anos.

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Descendentes Rosa seguem com sua contribuição em inúmeras áreas

Como referem Carlos Alberto da Rosa e Zélia da Rosa de Sá no livro, o casal João Pedro e Antônia da Rosa deram continuidade, em Santa Cruz do Sul, à grande família Da Rosa. Eles viveram juntos ao longo de 47 anos e constituíram enorme prole. Geraram 10 filhos e, a partir deles, tiveram 33 netos, 62 bisnetos, 63 trinetos e dois tataranetos, totalizando 170 descendentes diretos, como citam na obra.

História da Família Da Rosa, de Carlos Alberto da Rosa e Zélia da Rosa de Sá. Curitiba: Insight, 2022. 245 páginas. R$ 49,50.

Em pesquisas e levantamentos diversos, históricos e genealógicos, Carlos e Zélia referem que o sobrenome Da Rosa é de grafia da língua portuguesa, originado a partir do arquipélago dos Açores. Um dos colonizadores da pequena ilha do Faial foi Pieter Van der Roos, ou Pieter Roose, natural da região dos Flandres, no noroeste da Bélgica. O sobrenome flamengo foi adaptado originalmente para De Rouzé, ou Roose, e mais tarde aportuguesado para Pedro da Rosa, dando origem ao sobrenome Da Rosa nos Açores. E assim veio para o Brasil.

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O livro traz inúmeras informações associadas à presença dos Da Rosa no país, e elenca os descendentes, especificamente, do casal João Pedro e Antônia, com rico acervo de fotografias. Assim, é muito provável que o leitor, sendo da região, identifique alguém de suas relações, ou de seu conhecimento, que seja da família.

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Heloísa Corrêa

Heloisa Corrêa nasceu em 9 de junho de 1993, em Candelária, no Rio Grande do Sul. Tem formação técnica em magistério e graduação em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Trabalha em redações jornalísticas desde 2013, passando por cargos como estagiária, repórter e coordenadora de redação. Entre 2018 e 2019, teve experiência com Marketing de Conteúdo. Desde 2021, trabalha na Gazeta Grupo de Comunicações, com foco no Portal Gaz. Nessa unidade, desde fevereiro de 2023, atua como editora-executiva.

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