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ROMAR BELING

O legado dos imigrantes alemães

A região aproxima-se a passos rápidos de uma data para a qual vem se preparando há bastante tempo, certamente há anos: o bicentenário da imigração alemã no Brasil. Em todas as comunidades diretamente resultantes desse movimento de colonização, iniciado quando o país recém havia se tornado independente de Portugal, foram semanas e meses para rememorar, e para analisar legados e decorrências. Agora, quando o 25 de julho de 2024, que remeterá à chegada dos pioneiros à atual São Leopoldo, aproxima-se em contagem regressiva de poucos dias, a emoção aumenta. É claro que os danos causados pela enchente de maio justamente na área que constitui o marco zero da fixação das primeiras famílias deixaram a todos entristecidos, ainda mais pelos prejuízos para toda aquela comunidade, na região central e ribeirinha do Rio dos Sinos. Mas o momento histórico se impõe, e merece ser enfatizado.

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Em Santa Cruz do Sul, nesta segunda-feira, por iniciativa da Câmara de Vereadores, uma sessão solene homenageará esta data e também os 175 anos de imigração em Santa Cruz, que transcorrem em 19 de dezembro. Será um ato em que a municipalidade reconhecerá os feitos e as contribuições dos pioneiros para o desenvolvimento regional, e, naturalmente, para dar ao Rio Grande do Sul as feições econômicas e sociais que hoje ostenta. Por isso, a comunidade deve se sentir plenamente convidada a prestigiar a cerimônia.

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Nesse mesmo esforço de reconhecimento e de recuperação da memória, a Gazeta do Sul desenvolve, já há quase um ano, a série Rumo aos 200 anos da Imigração Alemã. Entre todas as iniciativas de entidades ou de veículos da imprensa, seguramente é a mais longeva e a que imprimiu maior fôlego num olhar amplo e irrestrito sobre a colonização. Antigas colônias foram visitadas, especialistas e historiadores entrevistados, num levantamento de conteúdo exclusivo, antes jamais agrupado na forma de conjunto como foi apresentado aos leitores da Gazeta do Sul. Agora, nesta edição, agregamos a esse acervo entrevista exclusiva com a embaixadora alemã no Brasil, Bettina Cadenbach, que, de certo modo, abre a contagem regressiva para a chegada ao 25 de julho.

Essa série, que não falhou uma única semana sequer ao longo de um ano inteiro, iniciou-se, na véspera das comemorações dos 199 anos, em 2023, com uma visita do jornalista Iuri Fardin e do fotógrafo Alencar da Rosa a São Leopoldo, a colônia pioneira, ambos na companhia do professor e historiador Jorge Luiz da Cunha. E não poderia ser outra a missão na última edição da Gazeta do Sul a anteceder o bicentenário, a que vai circular no próximo final de semana. Iuri e Alencar retornam ao mesmo ambiente no qual estiveram para a edição primeira, e ali descreverão como estão os preparativos para a data histórica, além, claro, de mostrar o quanto a enchente afetou essa localidade. Bom final de semana!

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