Se fosse uma garota, estaria feliz da vida. Garotas se importam muito mais do que nós com este tipo de coisa. Por vaidade e tal. Para participar da segunda edição do reality show Cinelab Aprendiz, no SyFy, que premiará o melhor especialista em efeitos especiais de baixo orçamento do País, Douglas Almada Martins, o Top Gun, 36, foi obrigado a aceitar que tem cinco anos de vida a menos, ou seja, 31. E nem exatamente sabe por qual motivo. “Eles (o pessoal da produção) me disseram que eu teria que ter 31 e… Pronto. Assim ficou. Por mim, tudo bem (risos).” Eu daria menos, ainda. Bem menos.
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Top tem o espírito juvenil de todo roqueiro de raiz, que foi enfeitiçado, quando molequinho, pelo desejo eterno de fazer da música – em especial, o rock’n roll – pavimentação para o seu futuro. Não é fácil, mas assim é que é. “O tio Carlos é um dos culpados”, confessa ele. O irmão da mãe, dona Mara Rúbia (eta nome bom para mãe de roqueiro!), foi quem lhe mostrou os LPs que tornariam a sua vida mais… mais… estimulante, digamos assim!
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Muito mais do que ser, atualmente, um videomaker famoso, por conta de suas aparições semanais nos aparelhos de TV de todo o País, Top é um rockstar, o nosso rockstar, a sua postura é a de um rockstar, o destino quis assim, e de uma forma bem natural, sem forçar nada: você olha para o Top e sabe que ali tem uma pessoa especial. Você conversa com o Top e tem a certeza que ele é muito mais especial do que você estava imaginando. Alguém espirituoso, divertido, talentoso, absolutamente do bem – e que toma um suquinho de uva em vez do chope que eu lhe ofereço.
“Na época do Vitrolão eu vi, muito, o que o álcool é capaz de fazer com uma pessoa.” Junto com o eterno parceiro de guerra, o Kurt (que também atende por Giovane Brandt, já perfilado neste mesmo espaço), foi proprietário do mitológico bar Vitrolão, que, com apenas um ano de existência, no começo deste século, fez muito por Santa Cruz do Sul. Uma espécie de “templo do rock”, bem no meio da 28 de Setembro, entre a Deodoro e a Floriano. Muita coisa aconteceu por ali, o que inclui uma leva absurda de alguns dos mais empolgantes shows de rock que esta cidade já viu. E, na época, a cerveja mais ao ponto da região. Sou testemunha!
Fã do Homem-Aranha, do Zé do Caixão e da namorada Amanda, Top segue tocando seus projetos com sua atual banda, a Avalanche, onde é guitarrista e frontman. Menos acelerado, é verdade, por conta de sua porção maker. Formado em Audiovisual – Edição em Mídia, pela Unisc, contabiliza alguns curta-metragens e 148 edições do seu Treta Rock Show, programa que produz veiculado no YouTube, e estava fazendo um “estagiozinho” na Pé de Coelho Filmes quando foi chamado para participar do reality da SyFy.
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Havia 15 mil inscritos, passaram 21 pessoas para uma pré-seleção e, depois, restaram 15. Top ficou entre os 15, confinado em um hotel em São Paulo e participando das gravações. Só saía de vez em quando para dar umas bandas pela capital paulista com outro maluco da gema, o Gibran (Sirena, ex-Banho Maria, coletivo porreta que abriu a cabeça de muita gente boa aqui da região, e que está morando lá).
O programa vai ao ar toda sexta, a partir das 18 horas. Já está em seu quinto episódio – de um total de 13 – e o vencedor vai participar da produção, como estagiário, direto no set, do longa-metragem brasileiro de terror Skulls – A Máscara de Anhangá. Quem é do meio sabe o que isso significa. A partir da semana que vem, começa a passar, também, no Canal Universal.
A noite vai chegando, o jogo do Inter se aproxima. O suco de uva chega ao fim. Hora de perguntar o porquê do apelido, “Top Gun”. “O pai (seu Omar) foi ao Estados Unidos na época do lançamento do filme (Top Gun – Ases Indomáveis, de 1986) e me trouxe uma jaqueta igualzinha àquela que o personagem do Tom Cruise usava. Eu era escoteiro e fui para um acampamento com a minha jaqueta nova, todo bobo, arrasando. O chefe me achou parecido com o cara do filme e começou a me chamar de Top Gun. Pegou na hora.” Parecido com o Tom Cruise? Tá aí um chefe escoteiro que também tem uma boa imaginação. Hehe!
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