O centroavante Hélio Paraíba é a aposta do Avenida em seu ataque para as competições de 2024. Aos 31 anos, e depois de passagens por clubes do interior gaúcho e de outros estados, ele chega com confiança para temporada em Santa Cruz do Sul. Na bagagem, traz experiência que não é comum entre atletas brasileiros, muito menos entre os que atuaram em nível local: um vínculo com equipe de Omã, no extremo da chamada “bota” da Península Arábica, tendo como vizinhos Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Iêmen, junto ao Golfo de Omã, ligação com o Golfo Pérsico via Estreito de Omã.
Nascido em 17 de abril de 1992, em João Pessoa, capital da Paraíba, estado que passou a homenagear em seu nome de atleta, Hélio Alves da Silva Júnior, o Hélio Paraíba, acabara de concluir contrato com o Criciúma no primeiro semestre de 2017, quando se encerrara o Campeonato Catarinense. Entre as alternativas que se apresentaram, uma proporcionava a ida ao exterior, para o distante Omã. No Oman Club, da capital, Mascate, já estavam alguns profissionais brasileiros, incluindo o técnico, o preparador físico e o zagueiro Arthur Félix.
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Além de a proposta financeira ser compensadora, Hélio não hesitou por ser sua primeira experiência profissional fora do Brasil, ainda que fosse em um mercado não tão conhecido. Acertou o contrato e se transferiu para lá em meados do ano. Casado, deixou a esposa, Klaryce, paraibana da capital que nem ele, morando em João Pessoa, na companhia do primeiro filho do casal, Heitor, então com apenas dois meses.
E foi justamente essa circunstância, de ter sido pai e logo ficar distante do primeiro filho e da esposa, que pesou na estada longe deles. Ficou no Oman Club, que classifica como de porte médio na realidade nacional, por quatro meses. Sediado na capital, Mascate, de 1,3 milhão de habitantes, o clube lhe proporcionou comodidade. A princípio, ficou em hotel, e logo se transferiu para um apartamento. Atuou em várias partidas, mas não conseguiu balançar as redes no campeonato nacional.
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Em parte, isso se deveu ao fato de que logo se machucou. Além disso, teve dificuldades com a alimentação, no início recorrendo muito a lanches de fast-food, como McDonald’s, pois não se adaptara à comida local. “Isso começou a me afetar muito, o fato de estar me alimentando mal, além da contusão em si”, frisa. No entanto, os quatro meses em que permaneceu no clube permitiram seu primeiro contato com uma sociedade diferente, muçulmana, e com o mundo árabe. “Além de jogar na capital, viajamos para várias outras cidades”, salienta.
Hélio ressalta que não chegou a ter dificuldades em termos de comunicação. Em parte, porque havia vários brasileiros na equipe. O colega Arthur Félix, que estava há mais tempo no clube, conseguia se comunicar bem, e Hélio também se beneficiava disso.
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De volta ao Brasil, e após passagens por clubes gaúchos como Novo Hamburgo e Ypiranga, aceitou o convite do Periquito para a temporada de 2024. A esposa segue radicada em João Pessoa, hoje na companhia de Heitor e de Henrico, o segundo filho do casal. E Hélio Paraíba, depois de ter conhecido o distante Omã, alimenta a expectativa de, no futuro, talvez ter segunda chance fora do País. Até lá, como ressalta, os planos são de firmar bons resultados e boas conquistas com o Avenida, que no próximo domingo, 21, estreia no Gauchão contra o Internacional, em pleno Beira-Rio.
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