Na esteira das manifestações dos policiais civis que buscam a valorização de suas carreiras, as classes de policiais militares também reivindicam demandas e cobram respostas do governo estadual. Diferentemente da Associação de Delegados da Polícia Civil (Asdep), que decidiu não divulgar mais detalhes de operações e prisões à imprensa, a Associação Beneficente Antônio Mendes Filho (Abamf), que representa a grande massa de PMs no Estado, não definiu alguma medida drástica para o momento.
No entanto, tal qual a instituição coirmã, busca o cumprimento de demandas antigas. “O governo não cumpre a sua própria legislação, que prevê a promoção de segundos-sargentos na ativa para o posto de 1º, mas que em alguns casos está atrasada em mais de dois anos”, comentou o presidente da Abamf, soldado Potiguara Galvan. Segundo ele, a principal reivindicação diz respeito a uma reposição inflacionária de 32%.
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“Esse é o percentual que o próprio governador se autoconcedeu de aumento. Estamos há nove anos sem reajuste para toda a categoria, justamente nós que vamos para a rua todos os dias cumprir nosso dever para com a sociedade”, complementou Galvan. Ele citou como exemplo o trabalho desempenhado pela Brigada Militar (BM), Corpo de Bombeiros e outras instituições durante as enchentes recentes no Estado.
A Abamf conta com 8 mil associados, desde soldados até coronéis. Ao todo são 16 sedes regionais, incluindo Santa Cruz do Sul. Conforme o soldado Galvan, a falta de reajuste reduziu o poder de compra dos policiais entre 35% e 40% nos últimos cinco anos. Outro ponto que tem preocupado a categoria são os PMs que aguardam suas reservas remuneradas, represadas por conta do IPE Previdência.
“São mais de 140 colegas que estão aguardando para ir para suas casas, aproveitar com a família e descansar após mais de 30 anos de serviço. O IPE Previdência vem segurando eles há bastante tempo, alguns mais de dois anos. Esperamos que essas publicações de todas as reservas represadas saiam em boletim o quanto antes.”
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A notícia de que estão sendo criados cinco novos Comandos Regionais de Policiamento Ostensivo (CRPOs), para atuação em regiões específicas do Estado, também gerou questionamentos. “Não somos contra, porém nos causa preocupação, pois temos um efetivo muito deficitário na rua. A legislação prevê 32 mil, entre homens e mulheres, e estamos trabalhando com cerca de 50% do efetivo previsto. Neste caso, terão de remanejar policiais para compor esse quadro”, salientou Galvan. O concurso interno da BM, chamado de Curso Técnico de Segurança Pública (CTSP), também é alvo de críticas da associação.
Para a categoria, o último certame teve muitas irregularidades, o que prejudicou colegas. “Somos a única categoria que presta um novo concurso interno para ter uma promoção. Já apresentamos para o comando uma lei de promoção de praças, que acaba com o concurso interno e dá previsibilidade de ascensão, por antiguidade e merecimento, nos moldes dos oficiais. Estamos buscando apoio junto a deputados e à Casa Civil, para termos a devida valorização”, finalizou.
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