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O futuro do outro lado do mundo

Qual é o real futuro do trabalho? Ninguém sabe. Depois de participar de eventos internacionais ligados à Unesco sobre alfabetização para o futuro, tive a grande oportunidade de estar com futuristas  de grande reputação na Austrália e Ásia na última semana. Sohail Innayatullah é um dos mais renomados cientistas de futuro do mundo.

O futuro imediato exige cidadãos com habilidades cognitivas,  com inteligência emocional e fluência global.

Nos debates sobre 2030, 2040, e olhando para mil anos a partir de agora, concluí que, além de toda conversa ruidosa do mundo digital, precisamos mergulhar no silêncio da alma, onde encontramos respostas profundas para nossa existência transformacional.

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São três aspectos no perfil do novo cidadão global: alta capacidade de construir integridade e consciência, alta capacidade de interagir em grupo e habilidades planetárias. Ser planetário significa ter identidade ampla, não rotulada por sexo ou país de origem. Significa ter curiosidade, coragem, ousadia, prontidão para reciclar o conhecimento e o comportamento e ter um modelo mental universal.

 É tempo de viver na prática o “somos todos um” e de ir além de todas as fronteiras comuns que nos aprisionaram até agora.

Não importa mais se estudamos e onde estudamos, o que fizemos em nossos últimos anos e sim o que somos capazes de fazer daqui pra frente. Taxa de aprendizagem, capacidade de transformar e navegar na incerteza de forma robusta são as novas competências globais.

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 Percebo o ocidente hipnotizado em torno de futuros determinados por um pequeno grupo. A onda digital e os termos da moda nos levaram ao empreendedorismo e à inovação roborizada.  

A base do trabalho de um futurista profissional é interpretar com metodologia sinais, padrões, descontinuidade e possíveis eventos que exigem atitudes e decisões imediatas. Futuristas são estrategistas não videntes.

No Brasil, a disciplina começa a ganhar tração agora, e requer estudo e seriedade. Volto feliz com tudo o que aprendi e com a sensação de que o Brasil não está desprovido de formas estruturadas de olhar e construir futuros.

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Cada um de nós precisa sair da casca, romper relações com os medos existenciais e saber que o futuro é diferente para cada pessoa. Cresci ouvindo que eu deveria ser normal, me conformar com o que tinha e que talvez eu não tivesse um grande futuro. Já provei por mais de uma vez que as teorias sociais e nossas teorias internas são falsas. Sou uma cidadã global do futuro com uma bela história de passado e presente. Se eu posso, você também pode. Comece hoje.

TI

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