Categories: Jaqueline Weigel

O futuro do Brasil

Que futuro você quer para o Brasil? Obviamente um futuro ético onde o governo funcione em prol do cidadão e não em favor dos políticos, com oportunidade de trabalho, saúde e segurança à população. Esses são desejos comuns a quase todos os brasileiros.

Observando os enfrentamentos que tomam o lugar do debate democrático, concluí que na rede social o debate é impossível. Perdemos um tempo precioso discutindo o que acaba em um vazio. Como diz o cientista político Heni Ozi Cukier, o nome disso é cacofonia digital: uma troca vazia e insensata de palavras. A melhor forma de dialogar é ouvir percepções diferentes da sua, aprender com elas e argumentar com educação sobre o que você percebe, mas poucos são competentes para esse tipo de conversa. A ira comum no momento em que alguém tem uma opinião diferente ou não concorda com a sua é destrutiva socialmente e mostra quão infantis ainda somos. Os termos certo e errado, concordo ou não concordo são nocivos para os relacionamentos, porque se baseiam em verdades e valores pessoais, pobres frente à infinidade de ideias do mundo.   

Futuristas globais têm visão sistêmica e incluem nos cenários do futuro os aspectos sociais, econômicos, tecnológicos, ambientais e políticos. Talvez em um futuro distante, não precisaremos de governos e teremos microecossistemas sociais capazes de se autorregular sem interferência externa.  

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O Brasil carrega uma herança política e econômica negativa que teremos de acertar nas próximas décadas. Talvez seja necessário mais um tempo para que nossa realidade seja diferente. Precisamos mudar a cultura, eliminar os vícios, capacitar políticos e eleitores, mudar o sistema vigente e, acima de tudo, nos tornarmos capazes de, mesmo com diferenças e divergências, trabalhar por um objetivo comum: construir um país melhor para nossa geração e para gerações futuras.

O que estamos fazendo de fato para isso? Julgando e atacando uns aos outros na rede enquanto eventos como o da semana passada acontecem? Esfaquear um candidato? Inaceitável mas altamente provável. Estamos alimentando revoltas silenciosas há anos, com discursos de ódio e intolerância.

A inteligência coletiva elegerá quem a maioria da população julgar adequado neste momento. Precisamos nos tornar politizados, estudar os candidatos, ouvir as propostas, debater sem atacar os outros e decidir na hora da urna em quem apostaremos. E acompanhar nosso candidato ao longo do seu caminho político.

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Alguém será vencedor e os demais serão voto vencido, e mesmo assim, temos um país para reerguer. Estamos atrasados em vários aspectos. Enquanto o mundo anda para a frente, nós andamos em círculos porque insistimos em fomentar conflitos em vez de nos unir em torno do mesmo objetivo.

 Assim como o futuro, o resultado da eleição não é previsível. Calma e consciência são as palavras do momento.

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