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Literatura

O fermento que a China usa

Foto: Divulgação

Das grandes cidades aos mais afastados recantos do Brasil, a cabeça das pessoas está na… China. Não importa onde alguém viva nos dias atuais, é provável que a palavra “China” esteja no discurso cotidiano. Tudo porque o agronegócio e a indústria nacional miram o mercado chinês como potencial consumidor de seus produtos. Como a terra da promissão, da fortuna, da garantia de negócios e de investimentos.

O que ocorre no Brasil se repete em praticamente todas as nações: todo mundo fala da China e quer saber mais sobre ela. Um livro que acaba de ser lançado no Brasil, pela editora Gente, de São Paulo, ajuda a entender melhor essa nação em que tudo deve ser multiplicado várias vezes, a começar pela população, seis vezes maior do que a brasileira. O poder da China, do especialista em gestão Ricardo Geromel, cumpre papel essencial: traça panorama completo, minucioso, do desempenho e das prioridades chinesas em todas as áreas, com destaque para a indústria, o comércio e, fator supremo, a educação.

O sobrenome Geromel talvez soe familiar aos leitores do Rio Grande do Sul. Com razão. Ricardo, 32 anos, é irmão de Pedro Geromel, 34, zagueiro do Grêmio, tendo ambos nascido em São Paulo. Enquanto o irmão mais velho dedicou-se à carreira esportiva, Ricardo optou pela área da administração e da gestão. Além de ter atuado junto a grandes exportadoras, em 2011 passou a assinar reportagens para a revista Forbes, dos Estados Unidos. Por essa publicação entrevistou ricaços, conteúdo transformado no livro Bi.Lio.Nár. Ios, também lançado no Brasil.

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Foi tomando contato com bilionários que Ricardo se deu conta da vertiginosa aparição deles na China. E não apenas os investidores privados acumulam riqueza; a nação como um todo “fabrica” dinheiro. As trinta “primeiras” cidades com economia astronômica na China têm, cada uma, o equivalente à economia de países.

Com tamanho poder de investimento, não é de impressionar que a menção a empresas ou produtos chineses seja onipresente no Brasil – e em qualquer outro país. Com 1,386 bilhão de habitantes (no que rivaliza com a vizinha Índia, cuja população é estimada em 1,339 bilhão de pessoas, e que deve se tornar dentro de poucos anos a nação mais populosa do planeta), a China simplesmente aprendeu a multiplicar dinheiro, na mesma proporção em que seus bilionários se multiplicam.

Há vários pilares para esse fenômeno, como investiga e demonstra Ricardo Geromel, mas um em especial parece estar no centro dessa energia: a educação. Os chineses estudam muito, mas muito acima da média da população de outros países, e assim encontram nessa formação, nessa especialização, o fermento que faz a massa de sua socioeconomia crescer. Se só essa lição ficasse da leitura do livro de Geromel, já teria valido muito a pena. Mas há várias outras mais.

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