Se o estímulo à leitura já deve ser valorizado na sociedade atual, onde os jovens cada vez mais buscam entretenimento digital, imagina um projeto onde são desenvolvidas duas ações para inspirar este hábito nos estudantes. Desde abril, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Normélio Egídio Boettcher, de Santa Cruz do Sul, promove o projeto Leitura na Escola. Uma vez por semana, um baú cheio de jornais e revistas é colocado nas salas de aula.
Os alunos da pré-escola ao 9º ano, por sua vez, escolhem um material impresso para ler. A ideia partiu da direção do educandário junto aos professores. “Pensamos tudo em conjunto, dentro dos estudos de implementação da nova Base Nacional Comum Curricular. Começamos a rascunhar o projeto no início de abril e já no dia 29 do mesmo mês colocamos em prática”, explica a diretora da Normélio, Márcia Goetze.
Toda a escola para durante 30 minutos para ler. “O objetivo é desenvolver o gosto pela leitura nos alunos, ampliando o conhecimento e o campo de informações deles”, diz a diretora. Além do projeto, cada turma já possui, dentro da disciplina de Língua Portuguesa, uma hora por semana para leitura, quando retira livros na biblioteca. Já no Leitura na Escola, os estudantes têm acesso a gráficos, informativos, tabelas, atualidades e notícias nos jornais e revistas.
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Surpreendendo e incentivando os pequenos
O Leitura na Escola teve uma aceitação tão boa que a turma do 7° ano, junto com a professora Carine Miotto, decidiu ampliar o projeto para uma nova modalidade de estímulo à leitura. “Os alunos do 7º ano já tinham o exercício de contação de histórias. Passaram então a contar o enredo de livros que tinham gostado aos alunos do 1° ano”, comenta a vice-diretora Andiara Joseane da Silva. “Criou-se então um braço do projeto Leitura na Escola, sendo uma segunda ação de estímulo.”
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Este momento ocorre de duas maneiras: um circuito de leitura, onde os pequenos visitam os alunos do 7º ano, e também pela ida dos alunos maiores à sala do 1º ano, contando uma história diferente para a turma a cada semana. “Pensamos que poderia ser uma ação legal por se tratar de um estímulo diferente para eles, que nunca tiveram uma experiência assim. Conversamos com a professora Carine, ela aceitou e resolvemos fazer”, diz a estudante Maria Eduarda Schmidt Buboltz, de 13 anos, do 7º ano. Ela e a colega Brenda Gabriela Pereira, também de 13 anos, contaram aos alunos do 1º ano, na tarde da última sexta, a história do livro Bruxa, Bruxa, Venha à Minha Festa.
E engana-se quem pensa que as meninas somente relataram o conteúdo do livro: literalmente, elas se transformaram nos personagens da obra infantil. Vestidas de bruxas, Maria Eduarda e Brenda surpreenderam os pequenos, que as esperavam embaixo do pergolado instalado no pátio da Normélio Boettcher.
As crianças de 6 anos acompanharam atentamente a história das bruxinhas, se identificando com os convidados para a tal festa contada no livro. “É muito legal. Eles ficam surpresos e gostam muito. Buscamos sempre nos vestir de acordo com o livro que iremos contar”, ressalta Brenda. “Algumas colegas nossas já se apresentaram como gêmeas, outros trouxeram fantoches. É uma maneira de chamar a atenção deles.” Conforme a professora Carine Miotto, todos os alunos do 7º ano participam da atividade, alternando a dupla a cada semana.
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