Um livro lançado na última terça-feira, 30, em Porto Alegre direciona oportuna e providencial luz sobre alguns personagens (povos, considerados coletivamente) implicados no contexto da colonização germânica no Rio Grande do Sul. Os jornalistas Dominga Menezes e Gilson Camargo são os responsáveis pela pesquisa ou pela investigação que resultou na obra Invisíveis: o lugar de indígenas e de negros na história da imigração alemã, em projeto da Carta editora.
Os autores tomam por base, mais diretamente, o contexto da chegada dos colonos ao Vale do Rio dos Sinos, onde se instalaram na Real Feitoria do Linho Cânhamo, atual São Leopoldo, a partir de 1824, logo espalhando-se para áreas cada vez mais afastadas, no sopé da Serra e até os altos da Serra (Nova Petrópolis, Gramado, Canela…).
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E, quanto mais se afastavam do núcleo inicial de colonização, mais iam ingressando em terrenos nos quais, obviamente, já estavam presentes povos originários. Até um ponto em que o conflito, no contato com eles, acabasse por ser inevitável. Tendo inclusive adotado feições trágicas em vários momentos, com contratempos para ambas as partes.
Assim como a legítima presença indígena jamais poderia ser ignorada ou diminuída, nessa área e em outras colônias alemãs (europeias, em geral) no Estado, a contribuição negra é igualmente forte, e não raro subdimensionada. Eram tempos de escravidão, o que amplia ainda mais a pertinência de olhar lúcido e justo sobre a realidade dos negros nesse processo.
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