O drama sem fim da falta de chuva

Estes primeiros dias de janeiro de 2022 estão longe de serem caracterizados pela calmaria e pela leveza que se imagina ou se associa ao verão. Pela modorra, outra das características da estação mais quente, de fato estão repletos. Uma modorra, um sol tórrido digno de alcançar marcas históricas, como se viu ao longo desta semana. E isso, definitivamente, não é nada bom.

Aos que cumprem rotina em espaço urbano, em ambiente climatizado e bebericando água gelada, talvez escape o impacto preocupante e nefasto que essa onda de calor está tendo sobre a agricultura, o que envolve, em grande medida, a criação e a subsistência de animais. Não por acaso, num efeito cascata, prefeituras da região decretam estado de emergência, cientes não só dos prejuízos econômicos, mas especialmente da ameaça ao abastecimento de água nas comunidades e para todos os seres vivos.

Bem por isso, se parcela da população se ausenta de Santa Cruz e da região entre dezembro e janeiro, acorrendo ao litoral ou outras plagas, quem ficou, e nem pretende sair, sabe que terá dias de muita inquietação pela frente. E aos que saíram, é bom que se preocupem igualmente.

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Até porque o passeio tem prazo de retorno, e o que espera pela população muito provavelmente pedirá engajamento coletivo para dar conta dos estragos acarretados pela estiagem. Aliás, só mais uma onda de estragos no meio de tantas outras, a começar pela pandemia e pela recessão dela decorrente. Não há dúvida, após os três anos sucessivos de seca no verão do Rio Grande do Sul, que o abastecimento de água, para todas as finalidades, passará a ser, no futuro, sempre uma das grandes (se não a principal) demanda a atender.

Se por um lado os efeitos da estiagem sobre toda a região foram tema de reportagens da Gazeta do Sul ao longo de toda essa semana, bem como segue sendo assunto, e assim tende a continuar ao longo das próximas semanas, a jornalista Caroline Garske e a fotógrafa Rafaelly Machado dão sequência a suas visitas a bairros de Santa Cruz do Sul. Elas conferiram, para a série A Vida no Bairro, o Arroio Grande, carinhosamente chamado de “bairro cidade”, tal o seu grau de desenvolvimento. O que descobriram está detalhado nas páginas 16 e 17.

Para completar, outra referência vem da editoria de Esportes. Nesta edição, na página 33, compartilhamos com os leitores uma entrevista especial com ninguém menos do que o atual técnico campeão brasileiro de futebol. O Cuca, maestro que esteve à frente do time do Atlético Mineiro, o Galo de lá, descreve suas lembranças do início da carreira como atleta profissional, no F.C. Santa Cruz, o Galo de cá. Entre um Galo e outro, lá se foram quase 40 anos, mas o carinho da passagem por Santa Cruz jamais de apagou, e isso ele deixa claro.

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Uma boa leitura, e um bom final de semana para todos.

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Heloísa Corrêa

Heloisa Corrêa nasceu em 9 de junho de 1993, em Candelária, no Rio Grande do Sul. Tem formação técnica em magistério e graduação em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Trabalha em redações jornalísticas desde 2013, passando por cargos como estagiária, repórter e coordenadora de redação. Entre 2018 e 2019, teve experiência com Marketing de Conteúdo. Desde 2021, trabalha na Gazeta Grupo de Comunicações, com foco no Portal Gaz. Nessa unidade, desde fevereiro de 2023, atua como editora-executiva.

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