Certamente, é uma situação muito comum entre os brasileiros: sobrar mês no fim do dinheiro, ou, então, o dinheiro acabar antes do fim do mês. Pesquisa sobre “Hábitos e impactos da Saúde Financeira dos Trabalhadores”, realizada pelas fintechs Zetra e Salary Fits, em parceria com a On The Go, revelou que 63% dos trabalhadores com carteira assinada não tem dinheiro suficiente nem para despesas básicas. A mesma pesquisa apurou ainda que:
- 58% dos trabalhadores estão estressados;
- 44% irritados em casa;
- 44% sofrem de menor atenção;
- 34% apresentam menor produtividade no trabalho.
É claro que as condições financeiras negativas repercutem na saúde física e mental das pessoas. Especialistas entendem que complicações financeiras impactam as condições pessoais e profissionais, além das empresas, independente de classe ou do tipo de atividade, inclusive se é na área privada ou pública.
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Geralmente, os gastos pessoais são os que mais influenciam na falta de dinheiro, no fim do mês. Esses gastos podem ser essenciais (alimentação, moradia, energia elétrica, gás), necessários (gasolina do carro, passagens de ônibus, metrô) e supérfluos (clube, viagens, artigos de luxo, tratamentos estéticos, bebidas). Se falta dinheiro, sobram juros do cheque especial, do cartão de crédito ou de outras formas de crédito.
Uma das grandes causas dos problemas financeiros é a má gestão financeira e a falta de planejamento, identificada em todas as classes de trabalhadores. Curiosamente, 55% das famílias da classe A, com renda de 20 salários mínimos, são as que mais têm dificuldades em fechar o mês com dinheiro.
A saída, então, é a educação financeira. Existem inúmeras opções na internet para educar-se financeiramente. Muitas empresas, preocupadas em ajudar seus funcionários a não se enrolarem em dividas, o que acaba prejudicando a produtividade e o próprio ambiente de trabalho, oferecem cursos de educação financeira em suas dependências, muitas vezes extensivos aos familiares.
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Para o economista Flávio Náufel do Amaral, presidente comercial da Zetra, as empresas estão oferecendo educação financeira em suas dependências porque estão percebendo que o remédio para aliviar a situação pode não estar em simplesmente aumentar ou não o salário, mas sim ensinar a pessoa a gerenciar bem o que ela recebe. “Na prática, as pessoas alfabetizadas economicamente, ao receberem noções que vão desde o nível fundamental ao avançado sobre o dinheiro, saberão onde utilizá-lo. Elas ficam por dentro do que é gasto, investimento, item supérfluo”.
Então, se o dinheiro acaba antes do fim do mês, as pessoas apelam ao endividamento. Pesquisa do instituto locomotiva e MM Tecnologia constatou que, de cada dez famílias, oito tem alguma dívida. Dessas, um terço estão com dívidas em atraso. Um dos grandes vilões, o maior para muita gente, é o cartão de crédito. Para André Minucci, mentor de empresários, essa forma de pagamento, sem os devidos cuidados, pode ser uma armadilha, levando muitas pessoas a gastarem mais do que podem pagar, resultando em dívidas que se acumulam rapidamente devido aos juros altos. Nesse cenário desafiador, o treinamento de inteligência emocional ou o comportamento financeiro é a solução.
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“O treinamento de inteligência emocional pode ajudar a pessoa a compreender e gerenciar melhor suas emoções em relação ao dinheiro, evitando decisões impulsivas e comportamentos de risco que contribuem para o endividamento, garantindo uma base sólida para o futuro”, diz o especialista. Para isso, ele sugere algumas dicas que podem ser observadas:
- Definir um orçamento mensal realista;
- Controlar os gastos: registrar tudo para saber aonde o dinheiro está indo;
- Focar nas necessidades;
- Evitar contas impulsivas;
- Negociar as dívidas;
- Criar uma reserva para imprevistos: a sugestão é ter uma reserva de valor equivalente de 3 a 6 meses de gastos normais, que pode ser usada não só para emergências, mas, também, para aproveitar alguma oportunidade de negócio.
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