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“O dia tão esperado chegou”, afirma viúva de Tiago Kohlrausch

Família da vítima foi a júri usando camisas com homenagens

Após receber a sentença no júri dessa quinta-feira, 15, às 19h45, o réu Renato Andrade Ferreira, de 36 anos, condenado a uma pena de 18 anos de prisão, foi comunicado pela juíza Márcia Inês Doebber Wrasse da decretação imediata de sua prisão. Esse foi o fim do chamado Caso Motocross, marcado por muitos imbróglios jurídicos e tristeza ao longo de quase cinco anos. O homicídio do mecânico Tiago Aliandro Kohlrausch, de 30 anos, em setembro de 2019, analisado por um corpo de jurados formado por seis homens e uma mulher, é considerado um dos crimes mais emblemáticos de Santa Cruz do Sul nos últimos tempos.

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A defesa afirmou que Renato Andrade Ferreira iria prestar depoimento, mas solicitou que a juíza e a acusação não lhe fizessem perguntas, o que foi aceito pela magistrada. Morador do município de Arambaré, na região Centro-Sul do Estado, o réu revelou que tem uma filha de 5 anos, que mora com ele. Contou que começou a ter uma relação com Patrícia em março de 2019, quando ela quis resolver uma ação relativa à guarda do filho, e ele, como advogado, foi procurado por ela.

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Depois de um curto período, ele passou a ter um relacionamento com Patrícia. Disse que fazia tudo que ela mandava, tendo a sustentado e dado presentes como iPhone, carro, um seguro de vida no valor de R$ 400 mil e até uma prova de amor – uma tatuagem feita com o nome da mulher e do menino que é filho de Patrícia e Tiago. Afirmou ainda que a acusação que recaía sobre ele, de ser o mandante do homicídio de Tiago Aliandro Kohlrausch, era falsa.

Último júri do Caso Motocross está marcado para esta quinta-feira
Tiago foi morto no Loteamento Motocross

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“Fico muito triste com essa afirmação, pois nunca quis afastar o Tiago do filho dele. E é mentira que brigamos como disseram ao longo do processo”, relatou. Ao final de sua fala, virou para o pai de Tiago, Dirceu Aliandro Kohlrausch, que estava na primeira fila da plateia, e afirmou: “O que eu mais queria era que tivessem chegado em quem realmente fez. Eu não ia jogar minha carreira fora assim. Digo isso olhando no seu olho, eu não fiz isso.”

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Dirceu apenas observou e respondeu: “Fez sim.” Após ser advertido pela juíza Márcia de que não podia se dirigir ao público, Renato finalizou dizendo que era mais uma vítima da família de Patrícia. “Queria o Tiago vivo e eu liberto de toda essa humilhação que estou passando.”

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As considerações, no entanto, não foram levadas em conta pelos jurados, que atenderam por completo à denúncia do MP, condenando o réu com o máximo rigor. Ex-companheira de Tiago, que acompanhou todo o caso desde o dia em que o viu ser morto em casa, Ana Paula Borstmann desabafou. “O sentimento é uma mistura de felicidade, mas sem uma recompensa. A gente não tem prêmio nenhum. O que sempre pedi era que a justiça fosse feita. E finalmente vou poder pôr um ponto final nessa história”, disse Ana à Gazeta do Sul. Ela esteve em todos os três julgamentos do caso.

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“O amor e o carinho que eu sinto pelo Tiago vão estar sempre dentro do meu coração. Mas vou poder descansar um pouco e viver minha vida sem ficar pensando nessas pessoas diariamente. Não sei se eu choro ou se dou risada, só sei que o dia tão esperado chegou. Não tenho palavras. A justiça foi feita e espero que sempre continue sendo feita”, afirmou a mulher, que estava acompanhada de outros familiares de Tiago durante o julgamento dessa quinta no Fórum de Santa Cruz do Sul.

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