O premiado jornalista Pedro Garcia, da Gazeta do Sul, fez reportagem (edição de 28 de dezembro) abordando os desafios político-eleitorais que cercam atuais governantes, a exemplo do presidente Bolsonaro, do governador Leite e do prefeito Telmo Kirst.
Relativamente ao prefeito santa-cruzense (personalidade, gestão e desafios eleitorais), fiz alguns comentários prospectivos (naquela reportagem) que ora amplio. Conjecturas, suposições, simplesmente.
O “candidato do governo” será a própria gestão e administração. Há muito o que mostrar até o momento e, com certeza, ao longo dos próximos meses (ver lista de obras e compromissos para 2020).
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Em situação de crise e lenta recuperação, a realidade socioeconômica nacional e estadual é trunfo comparativo a favor da atual e cautelosa administração. Seu desafio será demonstrar que fez mais do que seria possível nas atuais circunstâncias.
Quanto aos seus confrontos retóricos com personalidades locais, o prefeito Telmo faz o estilo Trump e Bolsonaro, isto é, “sem papas na língua”. Ao contrário de Bolsonaro e Trump, porém, o prefeito tem bem-sucedida experiência curricular parlamentar e executiva. Entretanto, isso não é uma garantia, notadamente ao abrir diversos flancos de conflito, o que em ano eleitoral é habitualmente inconveniente.
Quanto ao rompimento com antigos aliados, as possíveis consequências negativas são relativamente simbólicas em se tratando de determinadas pessoas, mas poderá haver prejuízos objetivos tocante a possíveis alianças e ao respectivo acréscimo ou não em tempo de rádio e TV.
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O “caso Helena” sugere mais um mal-entendido do que um fato político, ainda que possa causar eventual prejuízo em solidários votos femininos. Também importa considerar os rumores tipo “Chega de dinastias familiares!” – por exemplo, Moraes e Hermany.
Finalmente, quanto ao extrapolado e deselegante conflito com o promotor público, o desgaste e prejuízo são mais pessoais do que da administração municipal. Porém, para explicar e justificar seu expressivo gesto, o prefeito poderá demonstrar um fato que é unanimidade nacional, qual seja:
– o exagero de intervenção do Judiciário nas relações administrativas de prefeituras. Consequência de excessos, precipitações e pré-julgamentos de membros do Judiciário, paira permanentemente uma intranquilidade entre prefeitos, secretários e funcionários públicos.
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Ainda que no ânimo e dever funcional de evitar abusos administrativos e atos de corrupção, o Ministério Público, principalmente, entretanto, age de um modo que generaliza “a suspeita e a culpabilidade” e fragiliza a tranquilidade necessária entre os servidores para o exercício da prestação de serviços públicos.
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