Na última sexta-feira, foram comemorados os 70 anos da visita do diplomata Osvaldo Aranha a Santa Cruz do Sul. Até hoje, seu nome aparece no rol dos políticos mais importantes do Brasil.
Ele veio inaugurar o moderno prédio do Colégio Mauá, na esquina das ruas Marechal Floriano e Borges de Medeiros. A visita foi muito comemorada, pois Osvaldo estava no auge da sua popularidade. Em 1947, presidiu a assembleia da ONU em que foi criado o Estado de Israel.
Graças a sua atuação, a votação foi adiada por três dias, até ser construído o histórico acordo da divisão da Palestina. Sua participação foi tão decisiva que foi indicado ao prêmio Nobel da Paz em 1948. Mas, por uma série de circunstâncias, naquele ano não houve a homenagem.
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Aranha, chamado de “cidadão do mundo”, chegou dia 8 de novembro de 1949 e participou de almoço no campo de esportes do Mauá. À tarde, visitou a Mercur, a Cia. Brasileira de Fumos e o 8º RI. Às 19 horas, foi recebido em jantar no Clube União.
Às 21 horas, inaugurou as instalações do Colégio Visconde de Mauá, proferindo palestra no novo auditório. O diretor era o prof. Rodolfo Haetinger e Arthur G. Fett dirigia a mantenedora. Na manhã seguinte, ainda visitou o prefeito Alfredo Kliemann, o Hospital Santa Cruz e a Matriz (Catedral).
Natural de Alegrete (RS), Osvaldo Aranha (1894-1960) foi ministro da Justiça e da Fazenda no governo Vargas. Em 1934, foi nomeado embaixador nos Estados Unidos, tornando-se amigo pessoal do presidente Roosevelt. Três anos depois, deixou o cargo por não aceitar os rumos do país com o Estado Novo.
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Em 1938, Vargas o convenceu a assumir o ministério das Relações Exteriores e, na 2ª Guerra, defendeu a aliança do Brasil com os EUA. Encerrou sua carreira política no governo de Juscelino Kubitschek, também como representante do Brasil na ONU. Ele é nome de ruas em cidades de Israel.
Pesquisa: Arquivo da Gazeta do Sul
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