É esperada a ocorrência de chuvas nos próximos meses no Rio Grande do Sul, mas em volumes insuficientes para haver recarga hídrica. A projeção consta na nova versão do Boletim Especial sobre Estiagem no Rio Grande do Sul, divulgado pela equipe da Sala de Situação da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema). O material avalia os efeitos da estiagem de novembro de 2019 a julho de 2021, principalmente quanto às chuvas e disponibilidade hídrica.
Conforme o relatório, o Estado enfrenta um evento crítico de estiagem desde novembro de 2019, o que ocasionou impactos em diversas áreas e o decreto de situação de emergência em 415 municípios do Rio Grande do Sul, de acordo com a Defesa Civil Estadual. Em abril de 2020, a equipe já havia publicado um documento sinalizando as consequências da estiagem nos rios gaúchos, comparando o evento com anos anteriores e apresentando um prognóstico climático para os meses seguintes.
A meteorologista Cátia Valente avalia que, de acordo com os estudos, as condições futuras não se mostram favoráveis. “O cenário não tende a se tornar positivo quanto à recuperação do déficit hídrico no Rio Grande do Sul. Por isso, a Sala de Situação seguirá monitorando as condições climáticas no Estado”, afirma.
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O prognóstico climático atual sugere, novamente, que não haverá uma recarga hídrica das bacias devido à falta de chuva. E, em função do calendário de plantio, sobretudo arroz e soja, há risco substancial de comprometimento da disponibilidade hídrica nas bacias gaúchas, demandando ações de gestão e regulação de recursos, principalmente nas bacias com conflito de uso da água.
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