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O caos está instalado na RSC-287

O fim de tarde e a noite do domingo constituíram um filme de terror na RSC-287. Não bastasse a lentidão do tráfego, em virtude de obras que deixam a via em uma pista, combinada com o grande número de veículos em circulação no final de semana, houve acidentes com vítimas fatais. Viam-se cenas constrangedoras: homens, mulheres, crianças saltando dos carros e correndo para o matagal a fim de se aliviarem, pegos desprevenidos com tanta demora. Quando finalmente chegavam no ponto da pista simples, descobriam que uma única pessoa em cada um dos sentidos, controlando o pare e siga, era responsável por orientar (e retardar) milhares de famílias em pleno domingo. Máquinas, todas paradas! Para completar, em área sem sinal de celular, sem poder enviar mensagem a familiares, e na mais completa escuridão.

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Pude testemunhar esse drama ao retornar de Agudo, e ainda com compromisso profissional pela frente na noite de domingo. Obviamente, cheguei (muito!) atrasado. Para ter-se ideia, passei no pedágio de Candelária às 19h30, e alcancei o centro de Santa Cruz às 22h10!

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Ao longo da semana, à Redação da Gazeta do Sul chegaram relatos de estudantes os quais dão dimensão real dos prejuízos que a sociedade está tendo: o ônibus no qual viajavam, vindo de Vale do Sol, chegou ao educandário às 22h20; só a tempo de saltarem do veículo para embarcar naquele que os levaria de volta para casa. Aliás, este sairia às 22h10, e teve de aguardar o outro carro chegar para levá-los de volta.

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Em entrevista à Gazeta do Sul, na edição de 7 de junho, a presidente da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado do Rio Grande do Sul (Agergs), Luciana Luso de Carvalho, disse que os usuários da rodovia “terão que ter paciência” em virtude da lentidão. Bem, é fácil falar em paciência quando se está (e se fica) bem longe do caos instalado. E pelo visto não está resolvendo pedir paciência a professores quando alunos chegam atrasados, nem nos demais compromissos em que a população está sendo lesada. Não é com paciência que isso será resolvido, francamente! Que as obras de duplicação da 287 seriam (e serão) complexas, isso é óbvio. Então, que se desvie do óbvio! Obras complexas exigem planejamento e solução estratégica.

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O que a 287 precisa agora não é de base impecável sob a pista atual; a região precisa é que o trânsito flua, porque (certamente também para a Rota de Santa Maria) tempo é dinheiro. Quem sabe não se segue com a mínima reparação (tapa buraco) do pavimento atual da via, com o menor entrave e a menor interrupção possível no fluxo (como foi ao longo de anos), e qualquer intervenção mais profunda só venha a ser feita quando a via duplicada estiver pronta? Então, com o tráfego deslocado para a pista nova, se poderia fazer todo e qualquer ajuste na pista atual (como, aliás, está sendo feito na BR-471!). Mais do que pista duplicada, do que a região realmente precisa, a essa altura, é de bom senso e tomada de decisão prática, que libertem a economia regional do torniquete sufocante em que ela foi mergulhada.

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Guilherme Andriolo

Nascido em 2005 em Santa Cruz do Sul, ingressou como estagiário no Portal Gaz logo no primeiro semestre de faculdade e desde então auxilia na produção de conteúdos multimídia.

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Guilherme Andriolo

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