A idade faz com que aprendamos com o que a vida nos apresenta. Não nos tornamos melhores ou piores do que éramos, quando mais jovens; apenas temos maior previsibilidade sobre o que pode vir pela frente. O que era muita surpresa já nem é tanto. Assim, podemos abandonar a preocupação de forma preventiva sobre assuntos que assustariam antes mesmo de acontecerem. Costumo dizer aos colegas de trabalho que não choro em velório que não tem defunto, ou seja, não me assusto sem saber o tamanho do problema.
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Outra coisa aprendida com o passar dos anos é a ideia do desapego. Não quer dizer que abra mão de bens materiais, que abra mão de maiores ganhos financeiros. O que não faço mais é apegar-me a itens supérfluos, mesmo que tenham tido relevância em determinado momento da vida. Não sou do tipo que investe em objetos de decoração, mas não condeno quem faça isso, nem compro coisas de que não irei precisar.
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Um exemplo de que estou praticando a lei do desapego é o que fiz com meus livros. Sempre fui um devorador de obras e continuo lendo, mas não mais guardando. Livro lido é livro que segue sua vida. Dessa forma, doei todos os que tinha acumulado para a Liga de Combate ao Câncer, quando ainda morava em Lajeado. Agora, já tenho alguns que ganhei, o que logo pode virar outra doação. O mesmo tenho feito com roupas e calçados, apesar de não ser um contumaz comprador desse tipo de artigo.
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Ao tempo que tenho aprendido e aplicado a lei do desapego, também adotei como princípio vital a lei do apego. Contrassenso? Pode ser, mas nunca fiz questão de ser lógico. O que tenho tentado fazer, e consegui em parte no recente período de férias, é a aproximação com amigos e familiares. Não quero mais ficar muito tempo sem ver as pessoas de que gosto. Não quero ter que encontrar pessoas próximas apenas em velórios – de algum familiar ou delas.
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É claro que não há como visitar todos em apenas 15 dias, mas um bom planejamento fez com que tivesse a oportunidade de encontrar 30 pessoas que, de alguma forma, fazem parte da minha vida. Não há diferença entre as relevâncias, exceto a família, claro, que estaria, se existisse escala, em um nível acima dos demais. Todos os visitados, aqueles com quem tive a oportunidade de bater um papo, atualizar as fofocas e comer muito, têm importância que nem sei medir.
O segundo período de férias, que ainda estou programando, também será dedicado a rever as pessoas de que gosto, assim como os feriados prolongados, as datas em que conseguir viajar nos fins de semana. Não é possível que percamos tanto tempo e deixemos de estar no convívio daqueles por quem temos, de fato, apego. A vida é curta, passa rápido, e a nossa maior conquista são as amizades verdadeiras, que não são muitas, mas fazem toda a diferença em nosso dia a dia. Muito bem disse o autor Michael Sullivan: “Ter um amigo, na vida é tão bom ter amigo! A gente precisa de amigo de peito”.
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