Cientes da importância de manter a saúde em dia durante a pandemia, os brasileiros se mostraram preocupados em ter um sistema imunológico fortalecido em 2020. De acordo com o aplicativo Farmácias APP, as vitaminas tiveram crescimento de 66% nas vendas de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado. O levantamento leva em conta todo o varejo farmacêutico, tanto físico quanto online.
As mais vendidas foram as vitaminas C, que, segundo o estudo, tiveram aumento na receita de 137% em relação a 2019. Em segundo lugar ficaram as vitaminas A e D, além de polivitamínicos com minerais, cujas vendas cresceram em cerca de 71%.
No entanto, o uso sem controle de vitaminas pode trazer riscos, se não for acompanhado por um especialista. De acordo com a nutricionista Marinez Solon, de Santa Cruz do Sul, esses suplementos devem ser utilizados só quando houver deficiências comprovadas por um profissional de saúde e em caso de doenças como beribéri ou escorbuto.
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“A vitamina D está sendo usada com o objetivo de melhorar a imunidade durante a pandemia, mas não existem estudos que comprovem sua eficácia”, explica. Para Marinez, a alternativa mais segura é manter uma alimentação variada, com frutas, verduras e hortaliças, que são alimentos ricos em vitaminas. Profissionais de saúde podem indicar o uso de vitaminas quando necessário, após a realização de exames para definir os tipos de deficiência.
No entanto, o consumo por conta própria não é recomendado, já que, na ânsia por manter a saúde, a pessoa pode causar outros problemas. “Sem dúvida, existem riscos na ingestão indiscriminada. Excesso de vitamina D pode levar a uma hipercalcemia, já a vitamina C está associada a problemas do sistema digestivo e cálculos renais”, explica a nutricionista.
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Conforme a nutricionista Marinez Solon, o verão também é um período de cuidados especiais com a alimentação, especialmente para manter a hidratação, tão necessária nos dias mais quentes. “Na época de verão, recomenda-se a ingestão variada de frutas da estação que possuam alto teor de água na sua composição, como abacaxi, melancia, melão, pêssego, além de saladas variadas e coloridas”, indica.
Outro cuidado diz respeito à ingestão mais frequente de água. “A recomendação varia em torno de 20 a 35 ml de água por quilo de peso da pessoa. Dependendo da idade: para idoso recomenda-se uma ingestão menor, e pessoas com problemas renais devem ter cuidado especial. Na atividade física ou quando houver perda de líquido maior, amplia-se a recomendação.”
Uma outra opção é investir em sucos, água saborizada ou chás refrescantes. A dica da nutricionista é bater no liquidificador uma fruta com água e incluir folhas de hortelã, couve ou água de coco.
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