A Polícia Civil trabalha na coleta de provas e dará início aos depoimentos de testemunhas para embasar o inquérito sobre o caso de injúria racial ocorrido na última sexta-feira, 2, em Santa Cruz do Sul. O fato ocorreu em um bar localizado no Centro, quando uma mulher de 58 anos passou a ofender com termos racistas Renato Santos, conhecido como Renatinho, de 32 anos, funcionário do local. Ela foi presa em flagrante após o dono do estabelecimento acionar da Brigada Militar, mas teve a liberdade concedida pela justiça.
Segundo a titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil, delegada Ana Luísa Aita Pippi, outros crimes – além da injúria racial – que a acusada possa ter praticado também vão ser analisados. Em um vídeo, por exemplo, a mulher profere ameaças de morte à vítima. A delegada classificou o episódio como inaceitável. “Nunca tinha visto nada nesse teor. Foi repugnante. A gente não pode aceitar que em 2022 isso ainda ocorra. Esse tipo de crime cabe prisão em flagrante, é grave e imprescritível. Fica o alerta às pessoas. E quem for vítima ou testemunhar, procure a Polícia Civil e a Brigada Militar para que casos como esse não fiquem impune”, cita.
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Ainda de acordo com a delegada, a mulher optou por permanecer em silêncio durante o registro do flagrante, apesar de ter proferido ofensas à vítima tanto na viatura da BM quanto na chegada à delegacia. “Para o agente policial ela optou por não se manifestar. Vamos agora agilizar para fechar esse inquérito o quanto antes. Já temos provas suficientes, mas acreditamos que podemos obter ainda mais”, conclui.
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O inquérito policial deve ser remetido ao Poder Judiciário em 30 dias. A pena pela injúria racial varia de um a três anos de reclusão.
Colaborou o repórter John Kaercher Machado.
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