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‘Nunca faria um filme com Spike Lee’, diz Quentin Tarantino em São Paulo

Em São Paulo para promover seu novo filme, “Os Oito Odiados”, Quentin Tarantino reforçou sua antiga rixa com o colega Spike Lee. “Não vou gastar nenhum dos meus filmes com esse porra”, disse o diretor de “Pulp Fiction” em uma coletiva de imprensa realizada na tarde desta segunda, 23, em São Paulo.

Spike Lee é um antigo crítico da obra de Tarantino. Em 2013, após o lançamento de “Django Livre”, Lee contestou o tom adotado pelo colega no filme para tratar da escravidão nos Estados Unidos. “A escravidão não é nenhum faroeste spaghetti de Sergio Leone”, tuitou Lee em referência ao diretor que inspira a filmografia de Tarantino. “Foi um holocausto. Meus ancestrais eram escravos. Foram roubados da África. Irei honrá-los.”

Em São Paulo, Tarantino voltou a reafirmar que pretende se aposentar após bater a marca de dez filmes -“Os Oito Odiados” é seu oitavo- e que não pretende “gastar nenhum” desses restantes com Spike Lee.

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“Os Oito Odiados” foi exibido à imprensa na manhã que antecedeu a entrevista coletiva. Na conferência, acompanhado do ator Tim Roth, Tarantino respondeu a perguntas sobre o filme. O teor do longa e qualquer informação sobre a trama e os personagens, contudo, não podem ser divulgados até dezembro, a pedido da produção do longa.

Quando perguntado sobre atores com os quais gostaria de trabalhar em suas próximas produções, Tarantino citou dois nomes: Johnny Depp e Kate Winslet. Nunca dirigiu nenhum deles. Segundo Tarantino, nem todos os atores poderiam servir a uma produção sua. “Eles têm de se adequar ao meu tipo de humor”, disse.

Essa é a segunda passagem do diretor pela cidade. Seu primeiro filme, “Cães de Aluguel”, foi exibido na Mostra de Cinema de São Paulo, em 1992.

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