O pequeno cão alvo de pauladas desferidas por uma mulher de 72 anos na manhã desta terça-feira, 11, tem nome e tutor. Thomas, de 5 anos, pertence ao técnico de laboratório Adam Almeida de Oliveira, de 24 anos. Segundo ele, o cachorro acabou fugindo durante a manhã do dia 31 de dezembro. “Estávamos limpando a casa e onde moramos não tem grade na frente. Ele pulou a janela, em um dos momentos que a deixamos aberta, e fugiu”, disse o jovem, em entrevista ao Portal GAZ.

Ele e o companheiro Vitor têm mais dois cães em casa, além de duas gatinhas, todos adotados e resgatados das ruas. Eles foram, na tarde desta terça-feira, até o Centro Veterinário Wazlawik, em Santa Cruz, retirar o cachorro, após ter sido internado para exames. “Ele fez raio X, não apresentou nenhuma fratura. Está com alguns machucados por ter sido arrastado por ela. Agora, é ficar de olho se ele vai se manter estável, mas não vamos precisar administrar medicamentos pelo ocorrido”, disse o tutor.

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Adam mora no Centro de Vera Cruz. Embora o cachorro tenha sido encontrado em outro bairro, a distância da residência e onde ocorreu os maus-tratos, no Bairro Leopoldina, é de apenas duas vias. “Procuramos nos fundos de casa, onde tem um mato, e em outro lugares. Colocamos avisos em redes sociais também, mas não conseguimos encontrar. Logo nos primeiros dias, a gente tem esperança, mas com o passar do tempo fiquei com o sentimento de que talvez alguém o tivesse encontrado, ou tivesse ocorrido algo pior.” Thomas é epilético e toma remédios controlados.

Na noite da virada, com os fogos de artifício, outra cadelinha apareceu na casa de Adam. “Acabamos ficando com ela, e chegamos a pensar que talvez alguém pudesse ter ficado com ele, cuidando, mas não que o espancassem. Nunca esperamos que alguém faça isso, pois temos tanto carinho pelos bichos, e ele é um cachorro extremamente dócil.” O jovem de 24 anos conta que ficou sabendo sobre o que havia acontecido com o cão ao ser avisado por integrantes da ONG Vera Cusco.

A mulher de 72 anos que agrediu o cachorro foi enquadrada no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais, que prevê que praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, incide em pena de reclusão de 2 a 5 anos, multa e proibição de guarda. Ela foi presa em flagrante e conduzida ao Presídio Regional de Santa Cruz do Sul. O nome não foi revelado pelas autoridades policiais.

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