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CENSO 2022

Número de residentes em apartamentos chega a 9,01% no Vale do Rio Pardo; veja detalhes

Foto: Rafaelly Machado

Santa Cruz está entre as 50 melhores cidades para viver no país

A maioria da população do Vale do Rio Pardo (89,9%) morava em casas em 2022. O segundo tipo mais encontrado foi apartamento, categoria de domicílio na qual residia 9,01% da população. O índice da categoria ainda é menor que a média no Brasil, de 12,5%. Casa de vila ou em condomínio aparece em terceiro lugar (1,01%) entre os 28 municípios da região.

As informações foram publicadas na sexta-feira, 23, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na divulgação “Censo 2022: Características dos domicílios – Resultados do universo”. Em toda a região há 180.600 domicílios particulares permanentes ocupados, dos quais 162.350 são casas e 16.268 apartamentos.

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A pesquisa ainda apontou 1.823 casas de vila ou condomínios, 135 habitações em casa de cômodos ou cortiço e 24 estruturas residenciais permanentes degradadas ou inacabadas. Em todo o Vale do Rio Pardo, não há habitação indígena sem paredes ou maloca.

Santa Cruz do Sul é o município da região com maior índice de moradores em apartamentos (19,87%) e, em consequência, o menor percentual em casas (77,23%). Ainda há 2,76% da população em casas de vila ou condomínios, 0,12% em casas de cômodo ou cortiço e 0,02% em estrutura degradada ou inacabada.

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O município de Venâncio Aires é o segundo na região com maior percentual de moradores em apartamentos (11,54%), seguido por Sobradinho (8,29%), Arroio do Tigre (4,25%), Rio Pardo (3,9%) e Salto do Jacuí (3,85%). Os maiores índices de moradores em casas pertencem a Vale do Sol (99,87%), Lagoa Bonita do Sul (99,65%), Vale Verde (99,54%), Passa Sete (99,21%) e Encruzilhada do Sul (99,15%). Ainda aparecem com mais de 90% dos habitantes em casas Cerro Branco (99,12%) e Ibarama (99,01%).

Oito a cada dez pessoas moram em casas no território nacional

O Censo de 2022 apontou que em todo o Brasil havia 59,6 milhões de casas ocupadas, nas quais residiam 171,3 milhões de pessoas. Ou seja, a maioria da população (84,8%) morava nesse tipo de residência. O segundo tipo mais encontrado foi apartamento, categoria de domicílio na qual residia 12,5% da população.

Os domicílios do tipo “casa de vila ou em condomínio”, que em 2010 abrigavam 1,6% das pessoas residentes no Brasil, passaram a abrigar 2,4% em 2022. Dessa forma, em conjunto, os tipos “casa” e “casa de vila ou em condomínio” reuniam 87,2% da população.

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O amplo predomínio das casas entre os tipos de domicílios já havia sido registrado nos Censo Demográficos anteriores, assim como a tendência de aumento da proporção de apartamentos: em 2000, 7,6% da população residia nesse tipo de domicílio, número que passou para 8,5% em 2010 até chegar aos 12,5% registrados em 2022.

O analista de pesquisa Bruno Perez explica que esse aumento é expressivo e nacional, registrado em todas as regiões do País, embora seja mais típico dos grandes centros urbanos. “Essa verticalização é uma resposta ao adensamento da população dos municípios, principalmente nas áreas de região metropolitana e nos centros das cidades maiores”, afirma.

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As demais categorias são residuais. Um grupo de 494 mil pessoas (0,2% da população) residia em domicílios do tipo “habitação em casa de cômodos ou cortiço”. As outras duas categorias abrigavam menos de 0,1% da população: “habitação indígena sem paredes ou maloca”, com 52 mil pessoas, e “estrutura residencial permanente degradada ou inacabada”, com 81 mil pessoas.

Na comparação entre o Censo de 2010 e o de 2022, a proporção da população residindo em apartamento teve expansão em todas as regiões. O maior percentual está no Sudeste (16,7%), seguido pelo Sul (14,4%). Na outra ponta, aparece o Norte (5,2%).

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Só em três municípios predominam apartamentos

Apesar de registrar uma expansão dos domicílios do tipo apartamento, o Censo Demográfico 2022 mostra que, dos 5.570 municípios brasileiros, em apenas três predominava essa modalidade. São exceções nacionais, mas com características peculiares e diferentes entre si.

Um desses municípios é Santos (SP), o único da lista no Censo 2010, quando 57,8% da população morava em apartamentos. O percentual passou para 63,4% em 2022. “É um município com boa parte da área em uma ilha, onde fica a parte urbana já totalmente ocupada. Por isso, a tendência de expansão é a verticalização. Parte do que poderia ser a periferia e regiões menos adensadas de Santos estão em municípios vizinhos”, explica Perez.

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Balneário Camboriú (SC) segue uma lógica diferente. Com uma atividade mobiliária intensa nos últimos anos e sendo um destino turístico importante da região Sul, o município catarinense viu o percentual de moradores em apartamentos saltar de 48,9% para 57,2% do Censo 2010 para 2022. A cidade do litoral norte de Santa Catarina tem chamado a atenção pelo grande número de arranha-céus construídos recentemente. “É uma tendência de áreas litorâneas valorizadas economicamente: um adensamento que gera verticalização para atrair mais pessoas que querem estar próximas às praias”, justifica o pesquisador.

Completa a lista São Caetano do Sul (SP). O município tem uma área relativamente pequena, com população de porte médio e muito inserida na Região Metropolitana de São Paulo, estando consideravelmente próxima ao centro da capital. “Ou seja, tem características semelhantes à área do chamado Centro Expandido de São Paulo: bastante adensado e tem verticalização considerável”, afirma Bruno Perez. Porto Alegre aparece em quinto lugar no País com maior índice de residentes em domicílios do tipo apartamento, com 42,36%.

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