Nos últimos quatro anos, o número de refugiados no Brasil praticamente dobrou, passando de 4.218, em 2011, para 8.400, em 2015, segundo dados do Comitê Nacional de Refugiados (Conare) do Ministério da Justiça divulgados nesta quarta-feira, 19, Dia Mundial Humanitário. As principais causas dos pedidos de refúgio são violação de direitos humanos (51,13%,) perseguições políticas (22,5%), reunião familiar (22,29%) e perseguição religiosa (3,18%).
De acordo com o Conare, os sírios formam o maior contingente de refugiados no país, com 2.077 pessoas, seguidos pelos angolanos (1.480), colombianos (1.093), congoleses (844) e libaneses (389). O levantamento não inclui informações sobre os haitianos, uma vez que essas solicitações de refúgio têm sido analisadas pelo Conselho Nacional de Imigração para autorização da permanência por razões humanitárias.
Do total de refugiados, 70,7% são homens e 29,3% são mulheres. Segundo o levantamento, 65,62% têm entre 18 e 39 anos, 19% têm até 17 anos, 13,5% têm entre 40 e 59 anos, enquanto 1,86% dos refugiados tem 60 anos ou mais.
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Mais de 12,6 mil solicitações ainda aguardam julgamento por parte do Conare.
Segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), em 2014, 59,4 milhões de pessoas em todo o mundo foram obrigadas a deixar suas casas devido a guerras civis, conflitos armados e perseguições por conta de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opinião política. Desse total, 19,5 milhões são refugiados.
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