Até a tarde desta terça-feira, 4, 1,9 mil notificações de estragos em lavouras de tabaco decorrentes do temporal de domingo, registradas em todo o Estado, haviam chegado à Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra). Só em Santa Cruz do Sul foram 888 casos. Também houve prejuízo na produção leiteira.
O secretário de Agricultura de Santa Cruz, Elo Schneiders, afirma que um levantamento mais preciso será finalizado amanhã. “A queda no preço do leite, aliada às perdas por falta de energia elétrica, desanima o produtor. A maioria não dispõe de gerador. Há regiões que ainda não foram atendidas, como Boa Vista, Linha Sete de Setembro e Rio Pardinho. A assistência da concessionária está muito lenta”, disse.
Até a tarde desta terça, 17 mil clientes ainda aguardavam a volta da luz nas regiões dos Vales, 3.638 só em Santa Cruz do Sul. A RGE colocou 600 funcionários no atendimento às ocorrências e estima que o serviço será completamente normalizado nesta quarta-feira.
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Na região, o município mais afetado pelo temporal foi Venâncio Aires, onde 130 casas foram total ou parcialmente destelhadas. Em Monte Alverne, no interior de Santa Cruz, a zona urbana continuava sem luz e telefone ontem. Os moradores iniciaram a recuperação das residências danificadas.
O temporal também deixou um rastro de prejuízos no Centro-Serra. Em Salto do Jacuí houve danos em residências, colégios, lojas e ginásios. Muitas árvores foram arrancadas e postes caíram. Na Comercial Agrícola Pazinato, no trevo de entrada da cidade, os prejuízos ultrapassam R$ 1 milhão, segundo o gerente Heverton Goulart. O galpão de armazenamento de sementes, com 800 metros quadrados, foi destruído. Outra parte, de 300 metros quadrados, teve o telhado arrancado e um enorme silo de armazenagem foi “retorcido” com a força do vento.
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