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Número de inadimplentes chega a 58,7 milhões, diz pesquisa

O total de inadimplentes no país atingiu 58,5 milhões, em novembro último, o equivalente a 39% da população adulta brasileira. Esse número é 0,69% maior do que em novembro do ano passado, representando a entrada de um milhão de pessoas no período de um ano na lista de negativados. Apesar de elevada, a lista recebeu menos devedores do que entre 2014 e 2015, quando foram incorporadas dois milhões de pessoas.

Os dados são do indicador do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Em nota, o presidente da confederação, Honório Pinheiro, atribuiu o resultado ao crédito mais rigoroso e aos efeitos do desaquecimento da economia. Para ele, não se trata de uma melhoria de cenário, mas de um comportamento de cautela do consumidor em assumir compromissos financeiros, e da dificuldade em obter financiamento.

“Se, por um lado, a recessão dificulta a capacidade de pagamento dos consumidores, em virtude do desemprego e da inflação alta, por outro, a maior restrição ao crédito, com juros ainda elevados e critérios de concessão mais seletivos, acaba impondo limites ao endividamento por parte dos brasileiros”, afirmou Pinheiro.

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A maior parte dos devedores em atraso está na região Sudeste (24,2 milhões) ou 37,37% da população adulta nessa região. O segundo maior volume foi constatado no Nordeste (15,8 milhões) ou 38,82% da população adulta dessa região, seguido pelo Sul (8,1 milhões), equivalente a 36,41% da população adulta regional; Norte (5,4 milhões) ou 46,42% da população adulta regional e Centro- Oeste (5 milhões) ou 44,12% da população adulta regional.

De acordo com perfil de idade, prevalecem os devedores entre 30 e 39 anos. Na lista de inadimplentes, 49,59% ou 16,9 milhões estão nessa faixa etária. Já a participação dos jovens entre 25 e 29 anos é de 47,12%; entre 40 e 49 anos, de 46,32% e entre 65 a 84 anos, de 29,44%.

Volume de dívidas

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O levantamento também apontou um recuo de 3,54% no volume de dívidas em comparação a igual mês do ano passado e por setor, com destaque para as contas de telefonia, internet e TV por assinatura. Especificamente, as dívidas de pessoas físicas caíram 14,90%.

Já as dívidas bancárias (atrasos no cartão de crédito, financiamentos, empréstimos e seguros) diminuíram 2,35% e as assumidas no comércio tiveram queda de 2,63%. Ocorreu alta apenas em relação às tarifas de serviços básicos, como água e luz (3,81%).

Os bancos são os que concentram a maior parte das dívidas (48,24%), seguida pelo comércio (20,31%); comunicação (13,35%) e água e luz (7,96%).

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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Naiara Silveira

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