Quando duas pessoas se gostam e decidem ficar juntas, construir a vida uma ao lado da outra vira um sonho a ser realizado. Algumas optam por oficializar o amor selando o matrimônio perante a lei. No entanto, desde que a pandemia teve início, em março de 2020, cartórios de todo o Brasil viram os números caírem, já que eventos não puderam ser realizados por um período.
Tais números voltaram a crescer já no ano passado, com o início e avanço da vacinação. Com essa retomada, neste ano muitos casais vão comemorar o Dia dos Namorados já casados. Dados do Portal da Transparência do Registro Civil mostram que em Santa Cruz do Sul, em 2022, já foram oficializados 146 matrimônios de janeiro a maio. O que significa um aumento de 9,77% em relação ao mesmo período do ano passado, no qual houve o registro de 133 uniões.
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Em relação ao período de janeiro a maio de 2020, o acréscimo é ainda maior, pois aquele foi o ano mais grave da pandemia. Comparado a 2020, quando houve 85 matrimônios em cinco meses, o aumento é de 71,76%. Mesmo assim, o número de casamentos registrados de janeiro a maio deste ano ainda não supera 2019, quando foram 167.
Este será o primeiro dia 12 de junho que Fabiano Câmara Endres e Mônica Alves de Oliveira, ambos de 37 anos, vão celebrar como casados. Isso porque, após 19 anos de relação, resolveram oficializar a união em janeiro deste ano. “Sempre foi um sonho da Mônica. No fim de 2020, então, eu resolvi embarcar nesse sonho que já vinha sendo alimentado durante todo o relacionamento”, conta o marido.
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Desejo este que precisou ser adiado por conta da Covid-19. “A pandemia atrapalhou muito, principalmente pela insegurança que estava instaurada em todo o País, sobretudo acerca das restrições sanitárias impostas, uso de máscaras e distanciamento social, o que tornaria a celebração inviável durante o período”, completa Fabiano.
O casal já convivia em união estável desde 2010, quando os dois passaram a residir juntos. Após a celebração, pleitearam junto ao Registro Civil a conversão da união estável em casamento. Fabiano comenta, porém, que souberam lidar bem com a espera. “O que é a espera de alguns meses comparada aos 18 anos de espera da Mônica? Esse era o primeiro pensamento em relação a este ponto.”
De acordo com ele, a primeira data pensada foi o dia 13 de novembro de 2021. “Mas como a pandemia não estava dando trégua, decidimos marcar para 8 de janeiro de 2022. No mais, em que pese estarmos apreensivos e aguardando o afrouxamento das restrições sanitárias, acreditamos que o maior tempo para organizar tudo foi muito bom e bem aproveitado.” Fabiano acredita que todas as pessoas estavam ansiosas para voltar a participar de eventos e sentir um pouco de normalidade, o que foi constatado em seu casamento.
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Quando finalmente puderam casar, sentiram algo que definem como “indescritível”, principalmente porque puderam ver a filha Milena, de 4 anos, ser a aia da cerimônia. O casal relata que a menina sempre perguntava quando seria o casamento.
À frente da loja Beth Noivas há 22 anos, Elisabete da Silva Marques vivenciou algo que jamais imaginou durante todo o tempo de profissão. A Covid fez com que seu trabalho e, consequentemente, sua fonte de renda acabassem paralisados. Não fosse a reserva financeira que tinha, as dificuldades seriam ainda maiores.
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“No começo, a gente não levou um susto tão grande porque tínhamos a ilusão de que seriam só 15 dias. As pessoas remarcaram para um ou dois meses depois. Nunca se imaginou que duraria tanto tempo e quando a coisa apertou, foi muito difícil”
Elisabete da Silva Marques, lojista
O estabelecimento atua com aluguel de vestidos para casamentos, festas de 15 anos e formaturas, e ficou praticamente todo o ano de 2020 fechado. “A partir de outubro começou a ter alguma demanda, mas pouca coisa.” Elisabete acrescenta que agora, finalmente, as coisas parecem estar voltando para o lugar. “Sentimos que está retornando ao nível que era antes da pandemia.”
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Se para muitos parar as atividades foi difícil, imagine começar a empreender no ramo de eventos logo antes da pandemia. Foi o que aconteceu com a empresária Ana Michele Reis, proprietária da loja Ana Reis Moda Festa. “Pensamos em abrir a loja em janeiro, quando já havia os comentários sobre a pandemia, mas não imaginávamos que viria para o Brasil. Sofri a pandemia toda, abri, mas fiquei com a loja fechada. Tivemos que honrar os contratos todos. Graças ao bom plano de negócios e às reservas, consegui sobreviver financeiramente.”
Durante o tempo ocioso, já que não estavam acontecendo eventos, Ana aproveitou para se aprimorar. “Confeccionar mais vestidos e estudar mais isso de fazer a própria confecção. Fui aumentando a quantidade de vestidos da loja”, conta. “Trabalhei muito na perseverança porque foram momentos bem complicados.” Para Ana, só no fim do ano passado as coisas começaram a melhorar. “E realmente, para este ano está tendo um boom de casamentos”, observa.
Além da volta dos eventos, a empresária observa que há uma tendência de mais festas realizadas em ambientes abertos. “O pessoal se sente mais tranquilo em relação ao vírus, então tenho muita cerimônia ao ar livre. Inclusive em julho vai ocorrer um casamento na praia, mesmo no inverno.”
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