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Alerta

Número de afogamentos aumenta na região e preocupa a comunidade

O número de afogamentos nesta temporada vem alarmando os bombeiros da região. Nos últimos quatro meses, 14 pessoas perderam a vida na área atendida pelo 6º Comando Regional de Bombeiros, que responde pelo Vale do Rio Pardo e pelo Vale do Taquari. No ano passado, em todo o período foram nove registros. A maioria dos casos aconteceu em locais sem a presença de salva-vidas. A Operação Golfinho vai continuar na região por pouco mais de uma semana. Depois disso, a orientação é para que banhistas redobrem os cuidados. 

Neste sábado, 18, foi encontrado o corpo de um jovem que se afogou no Rio Jacuí, em Cachoeira do Sul. Rafael Moraes, de 22 anos, desapareceu nas águas na última quinta-feira, 16, ao mergulhar e ser levado pelas águas. Outro caso recente aconteceu em Pantano Grande. Um jovem de 25 anos pescava em um açude, quando a embarcação onde ele estava virou. Maurício Pires Brito não conseguiu sair da água e morreu afogado. Assim como ele, duas semanas antes, no fim de janeiro, Tarcísio de Vargas, de 26 anos, também faleceu após o barco no qual ele pescava virar no encontro dos rios Pardinho e Pardo, em Vera Cruz. 

O uso de coletes para quem está em embarcações, lembra o comandante do 6º Comando Regional de Bombeiros, tenente-coronel Cesar Eduardo Bonfanti, além de essencial para reduzir os riscos, é previsto na legislação. Na região, o município de Rio Pardo foi o que teve o maior número de casos: quatro afogamentos, nos meses de dezembro e janeiro. Já Pantano Grande, também atendido pelo Corpo de Bombeiros de Rio Pardo, registrou duas mortes. 

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De dez casos no Vale do Rio Pardo, seis aconteceram em rios ou arroios. Os outros quatro foram em açudes ou lagoas. Segundo Bonfanti, o alerta precisa ser reforçado em razão da proximidade do término da Operação Golfinho. Atualmente, há presença de salva-vidas nos balneários Santa Vitória, Ingazeiros e Porto Ferreira, em Rio Pardo, Praia Nova, em Cachoeira do Sul, e Monte Alegre, em Vale Verde. Quatro salvamentos haviam sido registrados pelos bombeiros até essa sexta-feira. 

A operação será encerrada no dia 28 de fevereiro.  Após, é importante que quem frequenta os balneários reforce as medidas de prevenção. Não se arriscar em locais profundos, verificar a área de banho, usar equipamentos flutuantes e coletes salva-vidas, manter atenção constante com crianças estão entre as principais dicas dos bombeiros para tentar evitar novas vítimas.

ALGUNS CASOS

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Confira abaixo alguns registros recentes de afogamentos na região do Vale do Rio Pardo:

11 de fevereiro – Maurício Pires Brito, de 25 anos, caiu de uma embarcação enquanto pescava na Fazenda Sulina, em Pantano Grande. Ele estava acompanhado de outros três amigos quando o barco virou em um açude, no último sábado. A vítima é moradora daquela região e não sabia nadar. Os outros ocupantes do barco não se feriram.

28 de janeiro – Uma pescaria em família terminou em tragédia, no interior de Vera Cruz. Tarcísio de Vargas Wisnieski, de 26 anos, morreu após a embarcação onde estava virar, na localidade de Entre Rios, no encontro dos rios Pardo e Pardinho. Ele foi resgatado por familiares, mas não resistiu. 

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25 de janeiro – Um homem morreu afogado no interior do município de Lagoão. Gilson Carvalho, de 45 anos, estava nadando na localidade de Caçador, onde acampava com a família às margens do Rio Pardo, no local conhecido como Poço do Pançudo.

22 de janeiro – Jeferson Giongo, 22 anos, morador do Bairro Belvedere, faleceu no domingo. Ele estava em uma lagoa no Balneário Porto Ferreira, em Rio Pardo, quando desapareceu nas águas no fim da tarde. O rapaz se banhava com outros amigos. O corpo só foi localizado na manhã seguinte, por volta das 8h30. 

19 de janeiro – Três dias antes, outro jovem, de 18 anos, morreu afogado também em Rio Pardo. Jardel Matheus Lopes estava em um açude, na localidade de Iruí, quando desapareceu nas águas. O lugar onde ele se afogou teria cerca de cinco metros de profundidade.  O corpo foi resgatado algumas horas depois. Jardel morava no Bairro Progresso. 

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10 de janeiro – Um jovem desapareceu no Arroio Castelhano, no Bairro Battisti, em Venâncio Aires. Ele atuava na equipe de futsal Assoeva. Ronaldo Davis, 17 anos, jogava na base e no time do clube venâncio-airense. O cadáver foi encontrado no dia seguinte. 

25 de dezembro – No domingo de Natal, Maiquel Ferreira da Silva, 20 anos, desapareceu nas águas do Rio Jacuí, em Rio Pardo. Ele se banhava na Praia dos Ingazeiros. Maiquel estava em uma área fora da demarcação feita pelos salva-vidas. O seu corpo foi retirado logo depois.

Como agir

– Nunca se banhe sozinho e não se arrisque. Fique próximo da margem. Lembre-se que boa parte dos afogados são pessoas que sabem nadar. Portanto, não se arrisque em lugares profundos. 

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– Sempre faça uma análise do local. Saiba se tem pedras ou galhos no leito do rio que posam causar alguma lesão, ou deixar a pessoa presa. Observe se há correnteza. Não salte nem mergulhe no rio. 

– Não beba nada alcoólico antes de entrar na água. O álcool diminui os reflexos e deixa as pessoas menos cautelosas. 

Com as crianças

– Fique sempre atento e nunca deixe uma criança sem a presença de um adulto na água. Elas não têm a mesma noção de perigo que os adultos. Qualquer descuido pode ser fatal. Em casa, é essencial cercar a piscina e também cobrir com lona, caso ela não esteja em uso.

– Oriente os adolescentes sobre esse tipo de risco. Eles costumam ser menos cautelosos.

Em pescarias

–  Use coletes salva-vidas, mesmo se permanecer na margem. Em caso de uma queda, a cabeça será mantida fora da água. Se a linha ficar presa, não se arrisque a entrar para retirá-la. É perigoso.

Em casos de afogamentos

– Procure sempre manter a calma. O perigo aumenta quando a pessoa se assusta e passa a se debater na água. Isso vai deixá-la cansada e ela começará a engolir água. Em casos de cãimbras dentro da água, procure ficar calmo e tente flutuar até chegar a um ponto seguro. 

– Se outra pessoa estiver se afogando, tente jogar na água objetos – como cabos, boias ou mesmo um pneu e galhos de árvore – nos quais ela possa se segurar. O indicado é fazer o salvamento da margem, com uso de materiais flutuantes, para não correr o risco de também se afogar. Acione o socorro o mais rápido possível.

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